Hipertensão arterial, dor de cabeça, náuseas e falta de ar são alguns dos
possíveis efeitos colaterais
Um dos maiores tormentos do mundo masculino — a calvície — pode ser combatida
com um colírio usado para combater o glaucoma. É o que mostra uma pesquisa que
acaba de ser publicada por um grupo de pesquisadores na revista da Federação das
Sociedades Americanas de Biologia Experimental (Fase) sediada no Reino Unido. Os
autores afirmam que resolveram fazer o experimento com folículos capilares
usando bimatoprosta, porque a substância já é utilizada em cosmético para
aumentar os cílios.
Apesar dos bons resultados, há alguns obstáculos para os interessados, e o preço da medicação é o primeiro deles. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, um frasco de colírio com 3 ml sai por R$ 70.
Outro problema, comenta, é o couro cabeludo funcionar como uma verdadeira esponja.
— Isso aumenta a gravidade dos efeitos colaterais da medicação por causa da maior absorção do medicamento — afirma.
Efeito colateral é um dos empecilhos
O bimatoprosta pode provocar hipertensão arterial, dor de cabeça, náuseas e falta de ar em quem têm sensibilidade à substância, inclusive se usada nos olhos.
As pesquisas do fabricante mostram que a interação do colírio com betabloqueador, remédio usado para tratar hipertensão arterial, pode causar vertigem. O médico destaca que quanto maior a área do couro cabeludo em contato com o bimatoprosta, maior pode ser o estrago. Por isso, quem é hipertenso deve ter cautela.
Outro grupo que deve redobrar a atenção para usar bimatoprosta é o de portadores de insuficiência renal, pois o principal meio de excreção do medicamento são as vias urinárias.
A dermatologista Isabella de Forneiro, membro da Academia Americana de Dermatologia, afirma que o uso intraocular para fins puramente estéticos é contraindicado, mas que estudos para encontrar uma formulação de uso tópico seguro para a bimatoprosta são promissores.
— Realmente funciona para o crescimento dos cílios, por exemplo. Se os médicos conseguirem controlar os riscos, será uma alternativa excelente, inclusive para pessoas que têm patologias diagnosticadas como alopecia areata — explica a médica, que não recomenda o medicamento para fins estéticos e sem orientação especializada.
Fonte Zero Hora
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