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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Reações a situações estressantes determinam risco de doenças em 10 anos

Pesquisa revela que a forma como uma pessoa encara o que acontece em sua vida hoje prevê sua saúde no futuro
 
Cientistas da Penn University, nos EUA, descobriram que as reações das pessoas a situações estressantes determinam o risco de elas sofrerem doenças no futuro. A pesquisa contraria a teoria de que o estresse por si só causa doenças.
 
"Nossa pesquisa mostra que a forma como você reage ao que acontece em sua vida hoje prevê suas condições de saúde em 10 anos, independente de sua saúde atual e de seu estresse futuro", explica o pesquisador David Almeida.
 
Segundo os pesquisadores, se você tem muito trabalho para fazer hoje e está mal-humorado por causa disso, então você é mais provável de sofrer consequências negativas para a saúde daqui a 10 anos do que alguém que também tem muito trabalho, mas não deixa que isso o incomode.
 
Almeida e seus colegas investigaram a relação entre eventos estressantes na vida diária, as reações das pessoas a esses eventos e sua saúde e bem-estar 10 anos mais tarde.
 
Eles entrevistaram 2 mil pessoas a cada noite por oito noites consecutivas sobre o que lhes tinha acontecido nas últimas 24 horas. Eles faziam as perguntas sobre o uso do tempo, o humor, os sintomas de saúde física que tinham sentido, sua produtividade e os eventos estressantes que tinham enfrentado, como ficar preso no trânsito ou ter uma discussão com alguém.
 
"Ao pedir às pessoas para se concentrar apenas nas últimas 24 horas, fomos capazes de capturar um dia especial na vida de alguém. Então, estudando dias consecutivos, fomos capazes de ver o fluxo e refluxo de suas experiências diárias", afirma Almeida.
 
Os pesquisadores também coletaram amostras de saliva dos 2 mil indivíduos em quatro vezes diferentes durante os oito dias. A partir da saliva, eles foram capazes de determinar quantidades de hormônio do estresse, cortisol. Eles, então, ligaram a informações que coletaram na entrevista, incluindo informações demográficas dos participantes, suas condições crônicas de saúde, suas personalidades e de suas redes sociais.
 
"Nós fizemos isso há 10 anos, em 1995, e novamente em 2005. Por ter dados longitudinais, não apenas fomos capazes de olhar para mudança de experiências diárias ao longo deste tempo, mas como as experiências que ocorreram há 10 anos estão relacionadas com a saúde e bem-estar agora", explica Almeida.
 
A equipe descobriu que as pessoas que ficavam chateadas por situações estressantes diárias e continuavam depois de o evento passar eram mais propensas a sofrer de problemas crônicos de saúde, especialmente artrite e problemas cardiovasculares, 10 anos mais tarde.
 
Segundo Almeida, certos tipos de pessoas são mais propensos a experimentar o estresse em suas vidas. Pessoas mais jovens, por exemplo, têm mais estresse do que pessoas mais velhas, as pessoas com maiores habilidades cognitivas têm mais estresse do que pessoas com menores capacidades cognitivas, e as pessoas com maiores níveis de escolaridade têm mais estresse do que pessoas com menos educação.
 
Enquanto o estresse pode ser um sintoma de que a vida de uma pessoa é cheia de dificuldades, ele também poderia simplesmente significar que a pessoa está envolvida em uma grande variedade de atividades e experiências. "Se este for o caso, reduzir a exposição a fatores de estresse não é a resposta. Nós só precisamos descobrir como controlar melhor a reação das pessoas a situações estressantes", conclui Almeida.
 
Fonte isaude.net

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