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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Portugal: Governo quer inverter "a situação séria e grave" das farmácias

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Maurício Barbosa, disse este domingo que "há sinais por parte do Governo" para inverter "a situação séria e grave" que vivem as farmácias.
 
O responsável falava antes da sessão de encerramento do Congresso Nacional dos Farmacêuticos que desde sexta-feira decorre no Centro de Congressos de Lisboa.
 
"A situação é séria e grave, houve da parte do Governo alguma negação da situação durante muitos meses", disse Maurício Barbosa acrescentando que "o Ministério da Saúde reconhece a gravidade da situação e já mostra sinais de disponibilidade para reverter esta situação muito negativa".
 
A Ordem quer que o Governo "estabeleça mecanismos estabilizadores dos medicamentos". Para Maurício Barbosa "é impensável que se continue com uma legislação que provoca uma espiral deflacionista dos preços dos medicamentos".
 
Segundo o bastonário, nos últimos dois anos os medicamentos genéricos baixaram 56 por cento enquanto os de marca seis por cento. Só baixaram os medicamentos de marca que no grupo farmacêutico a que pertencem têm genéricos.
 
"Não está haver equidade entre medicamentos genéricos e os de marca", disse Maurício Barbosa que defendeu "uma actualização anual dos preços dos medicamentos" e a remuneração do acto farmacêutico. "Sempre que uma farmácia faz uma dispensa de um medicamento está a praticar um acto farmacêutico e devem ser remuneradas por esse acto, como se passa em muitos países da União Europeia", disse.
 
"Se o Governo não puser mão nesta situação irá levar em 2013 ao encerramento de centenas de farmácias", realçou.
 
Fonte Correio da Manhã

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