Segundo estudo do Consórcio Brasileiro de Acreditação, os dirigentes ou líderes de enfermagem e mesmo os de recursos humanos não têm utilizados meios ou métodos consistentes para responder questões estratégicas
Como profissionais, temos de fato nos perguntado se nossas práticas e condutas profissionais têm apresentados resultados satisfatórios? Que parâmetros ou medidas temos utilizados para estabelecer uma aferição consistente da competência de nossas equipes? Estamos melhorando a partir do que avaliamos e consideramos evidências insuficientes ou deficitárias?
Dados levantados a partir de avaliações periódicas realizadas em diferentes instituições de saúde, através do programa de acreditação internacional, desenvolvido no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo da Joint Commision International (JCI), indicam que os dirigentes ou líderes de enfermagem e mesmo os de recursos humanos não têm utilizados meios ou métodos consistentes para responder as questões apresentadas acima. Um dos métodos que mais tem sido apresentado ou identificado nas instituições á a avaliação de desempenho. No entanto, estas avaliações, em sua grande maioria, tratam apenas de aspectos comportamentais e, quando abordam aspectos técnicos, os mesmos são definidos em caráter muito restritivo e não são avaliados através de instrumentos formais ou cientificamente validados, o que caracteriza uma fragilidade ou inconsistência na sua aplicação.
O programa de acreditação internacional CBA-JCI, em seus manuais, trata desta questão de forma direta, estabelecendo padrões específicos para estes processos de avaliação regular das habilidades e competências dos profissionais de enfermagem, considerando suas diversas e diferentes atribuições, cargos e funções. As especificidades ou especialidades de atuação também devem ser consideradas em suas distintas dimensões, a partir do que, um mesmo modelo de avaliação de desempenho não pode ser aplicado nestas situações. Por exemplo, não se pode avaliar um enfermeiro ou técnico que atua em um serviço especializado de alta complexidade, da mesma forma que avaliamos aqueles que atuam em unidades de internação clínicas.
O Manual de Padrões para Acreditação de Hospitais do CBA-JCI – 4ª edição possui um capítulo específico que trata da questão da Educação e Qualificação de Profissionais. O manual aborda: “O recrutamento, avaliação e nomeação de profissionais devem ser realizados de forma mais adequada através de um processo coordenado, eficiente e uniforme. Também é essencial documentar as habilidades, o conhecimento, a formação e a experiência prévia do candidato. É especialmente importante analisar cuidadosamente as credenciais dos profissionais de enfermagem, pois estão envolvidos nos processos clínicos assistenciais e trabalham diretamente com os pacientes. As instituições de saúde devem dar oportunidade aos profissionais de aprender e progredir pessoal e profissionalmente. Assim, a educação em serviço e outras oportunidades de aprendizagem devem ser oferecidas aos profissionais“.
No caso específico da equipe de enfermagem o manual destaca: “A instituição precisa garantir que tem um corpo de enfermagem qualificado que corresponde de maneira adequada à missão, aos recursos e às necessidades do paciente. O corpo de enfermagem tem a responsabilidade de prestar cuidado direto ao paciente. Além disso, os cuidados de enfermagem contribuem para os resultados globais do paciente. A instituição deve assegurar que os enfermeiros estão qualificados para prestar cuidados de enfermagem e deve especificar os tipos de cuidado que eles têm permissão para prestar, caso isto não esteja identificado nas leis e regulamentos”.
Além desta necessidade de capacitação, se faz necessário garantir que os profissionais de enfermagem atuem segundo conceitos e princípios de gestão contínua da qualidade. Neste aspecto o manual enfatiza: “O papel essencialmente clínico dos profissionais de enfermagem exige que eles participem ativamente do programa de melhoria da qualidade da instituição. A qualquer momento durante o monitoramento, avaliação e melhoria do desempenho da qualidade clínica, se o desempenho de um profissional do corpo de enfermagem estiver em questão, a instituição tem um processo para avaliar o desempenho deste indivíduo. Os resultados das avaliações, medidas tomadas, e qualquer impacto nas responsabilidades profissionais são documentados nas credenciais do profissional de enfermagem ou outro arquivo”.
Fonte SaudeWeb
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