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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mulheres são mais suscetíveis à depressão se comparadas com os homens

Tratamento deve levar em consideração o gênero e suas oscilações hormonais
 
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), a depressão é caracterizada por humor deprimido, diminuição da energia, atividade reduzida, perda de prazer e interesses, fadiga, concentração diminuída, autoestima e autoconfiança diminuída, sentimento de culpa e de inutilidade, visão pessimista do futuro, ideias de suicídio, alteração do sono, alteração no apetite, irritabilidade, impaciência, dificuldade para tomar decisões.
 
Ela pode ainda ser considerada em termos de gravidade:

- Leve: em que a pessoa apresenta dois ou três dos sintomas citados, mas ainda consegue realizar a maioria de suas atividades;

- Moderada: em que se apresenta quatro ou mais sintomas e já é muito difícil desempenhar atividades da rotina;

- Grave: em que a pessoa apresenta vários sintomas de forma marcante, sendo comuns tentativas de suicídio, gerando muito prejuízos para o indivíduo.
Atualmente o estudo sobre gênero feminino e a saúde mental ou emocional é reconhecidamente importante. Mais especificamente, percebeu-se que os adoecimentos emocionais ou os chamados transtornos psiquiátricos femininos possuem diversas características próprias. Há ainda estudiosos que alegam que, na realidade, a diferença está no fato de as mulheres procurarem mais frequentemente ajuda médica ou de outros profissionais de saúde do que os homens, dificultando mais o conhecimento sobre a população masculina.
 
Depressão nas mulheres
A partir de estudos sobre as diferenças da depressão entre o sexo feminino e masculino, foi verificado particularidades da mulher nesta doença. A depressão é mais presente nas mulheres, sendo que estatísticas revelam a proporção de quase duas mulheres para um homem.
 
Sabe-se que, para as mulheres, a influência da flutuação hormonal relacionadas ao ciclo reprodutivo feminino no humor e comportamento é importante, desde a menarca, que é a primeira menstruação da vida da mulher, até a menopausa, que é a parada da menstruação por um ano. Algumas mulheres são sensíveis às oscilações hormonais em nos períodos pré-menstrual, gestacional, pós-parto e na perimenopausa, deixando-as mais vulneráveis aos transtornos do humor, especialmente a depressão como doença ou sintomas depressivos. Como exemplo de como isto pode ser grave, diversos autores têm sugerido a detecção precoce da depressão já na gravidez, a fim de evitarem-se complicações no pós-parto ou até aborto para algumas mulheres.
 
Em uma pesquisa de 2002 sobre a depressão feminina, os pesquisadores Burt e Stein observaram que as mulheres portadoras da depressão apresentam mais ansiedade e transtornos alimentares; maior número de queixas físicas; tentam mais suicídio do que os homens.
 
O pesquisador Altshuler, em estudo também de 2002, fala sobre o uso de antidepressivos em mulheres portadoras da depressão. Ele percebeu que o gênero também influencia a resposta a estes medicamentos. O estudo demonstrou que mulheres mais jovens ou abaixo dos 50 anos de idade teriam melhor resposta a antidepressivos como os inibidores seletivos da recaptura da serotonina (ISRS) como fluoxetina, sertralina e outros. A partir da pós-menopausa teriam melhor resposta aos antidepressivos tricíclicos (ADTs) como amitriptilina e nortriptilina.
 
Estes e outros estudos fornecem base cientifica para que a mulher portadora de depressão seja cuidada de acordo com seu gênero. Vale lembrar que cada mulher possui características específicas e que qualquer tratamento, seja médico ou psicológico, deve respeitá-las e levá-las em consideração como tendo especificidades muito próprias do gênero feminino.
 
A melhor notícia é que atualmente existem tratamentos de grande eficácia para os adoecimentos emocionais. Eles permitem que as pessoas com depressão tenham o mínimo de prejuízo em suas vidas, mesmo portando doença mental.
 
Fonte MInha Vida

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