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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Formação de memória de curto prazo depende da sincronia de áreas cerebrais

É possível aumentar a memória por meio da estimulação
de certas zonas do cérebro
Por que conseguimos recordar coisas que aconteceram há 20 anos, mas não lembramos onde colocamos os óculos?
 
A palavra memória evoca recordações importantes, como a infância, a formatura, o nascimento do filho. Nem só de fatos marcantes, porém, é composto o sistema de estocagem de informação do cérebro. Ao ter de decorar temporariamente um número de telefone ou a placa de um carro, a memória também entra em ação. Apesar de a tarefa parecer bastante simples, cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que, na verdade, esse é um complexo sistema, que depende do funcionamento sincronizado de diferentes áreas cerebrais.

Segundo Stefanie Liebe, pesquisadora do Instituto Planck para Cibernética Biológica e principal autora da pesquisa alemã, as investigações sobre a memória de curto prazo — nome dado ao armazenamento de informações que logo serão esquecidas — ainda são muito restritas para um assunto tão instigante.

Já parou para pensar que conseguimos nos lembrar de coisas que aconteceram há 10, 20 anos, mas, de um dia para o outro, podemos não recordar o nome de uma pessoa que nos foi apresentada ou, o que ocorre mais frequentemente, onde foi que colocamos os óculos? — questiona.

Gregor Rainer, cientista que conduziu o estudo em laboratório, explica que é importante para o cérebro apagar parte das informações processadas ao longo do dia.

A primeira fase da estocagem de informação é o contato sensorial. Passamos o dia inteiro vendo e ouvindo coisas. Imagine se tudo isso ficasse guardado. Já outras informações, como o nome de uma loja, são armazenados só por um pequeno período — diz.

O pesquisador afirma que já se sabe que algumas regiões na parte frontal do cérebro estão envolvidas na formação e estocagem da memória de curto prazo, enquanto o processamento da informação visual acontece primeiramente na parte de trás do órgão.

Como isso acontece, porém, é um mistério que teremos que desvendar — afirma.

Capacidade melhorada
Em outro estudo, neurologistas americanos demonstraram que é possível aumentar a memória por meio da estimulação de uma determinada zona do cérebro, de acordo com um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine. Os cientistas, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, se concentraram no córtex entorrinal, uma região-chave do cérebro relacionado à memória e principal passagem antes do hipocampo, a área responsável pelo processamento dos sinais e o desenvolvimento da memória.

O córtex entorrinal é a porta de acesso à unidade central da memória — disse à agência France-Press Itzhak Fried, professor de neurocirurgia da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, principal autor da pesquisa. Segundo ele, toda a experiência visual ou sensorial que guardamos na memória passa por essa porta para chegar ao hipocampo. Nossos neurônios devem enviar mensagens através dessa passagem para que a memória se forme, e a lembrança possa ser recuperada conscientemente.

Nossos resultados fornecem evidências de um possível mecanismo para aumentar a memória, sobretudo nas pessoas idosas ou que sofrem de demência precoce — afirma Fried, dizendo que foi estudada uma amostra pequena de pacientes, razão pela qual os resultados devem ser interpretados com cuidado.
 
Fonte Zero Hora

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