A falta pontual de remédios oncológicos --que inclui o próprio Elspar, que teve falhas de fornecimento no passado-- e o risco de desabastecimento fez o Inca (Instituto Nacional de Câncer) criar um grupo de trabalho em 2011 para alertar sobre o tema.
O grupo mapeou as drogas em ameaça (a L-asparaginase incluída) e fez sugestões, como ter produção nacional dos remédios, garantir um prazo para encerramento da produção pelo laboratório e organizar as informações, hoje dispersas, sobre o desabastecimento, diz Gustavo Advincula, do Inca.
"Vamos começar a viver a falta dramática agora. O problema veio para ficar. Em dez anos, serão outros laboratórios perdendo interesse [na produção de substâncias]."
Muito do trabalho do grupo foi inspirado na experiência americana. Apesar de o desabastecimento ser um fator externo, em 2011 o governo dos EUA divulgou algumas ações, como acelerar análises de registro pela FDA (agência regulatória de remédios) e prever melhor as eventuais faltas.
Como ocorreu lá, o necessário empurrão para o caso brasileiro está na mão do governo, segundo Cláudio Galvão de Castro Junior, hematologista do hospital Albert Einstein.
Falta pontual
Um remédio contra outro tipo de leucemia, o imatinibe, sofreu um atraso de entrega a alguns pacientes em São Paulo por problemas num pregão, e a situação foi resolvida, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde.
Fonte Folhaonline
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