Um novo estudo indica que usar um relógio de pulso programável pode ajudar crianças a controlar a urina durante o dia.
Para as crianças com incontinência urinária, o tratamento inicial é geralmente a modificação do comportamento – às vezes chamado de treinamento da bexiga. Táticas como mudar hábitos de consumo e agendar idas ao banheiro podem ser eficazes.
O desafio desses tratamentos de mudança de comportamento pode ser fazer com que a criança crie uma rotina. Muitas vezes, elas simplesmente se esquecem de ir ao banheiro. Por isso, pesquisadores dinamarqueses testaram equipar as crianças com um relógio esportivo programado para apitar em intervalos regulares.
O estudo englobou 60 crianças entre 5 e 14 anos. Como a terapia padrão não estava adiantando, 30 crianças formaram um grupo que usou o relógio de pulso. 60% delas apresentaram ao menos uma melhora parcial – incluindo nove crianças que ficaram completamente secas.
Além disso, após sete meses, as nove crianças e outras sete não só tiveram 100% controle de sua bexiga como permaneceram assim. Seis dessas dezesseis crianças não precisaram mais usar os relógios.
Ou seja, as idas cronometradas ao banheiro são o “elemento fundamental” para ajudá-las. E o relógio é útil para lembrá-las de fazer isso. Os pesquisadores recomendam que os pais tentem a tática do relógio para aumentar as chances de que as mudanças de comportamento funcionem. Isso se a criança tem pelo menos cinco anos e a incontinência não é causada por uma anomalia anatômica ou um distúrbio neurológico (que é o caso de poucas crianças).
O relógio não pareceu ajudar, no entanto, com o problema de fazer xixi na cama, relatado pela maioria das crianças do estudo. Nenhuma delas mostrou uma melhora na incontinência urinária durante a noite. Esta constatação é interessante porque a terapia comportamental é normalmente recomendada para incontinência urinária noturna.
Ainda assim, o relógio se mostrou crucial e os pesquisadores aconselham que ele seja usado desde o início para ensinar as crianças, e não só em casos persistentes.
Fonte Hypescience
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