São Paulo – A primeira morte por dengue hemorrágica em Santos (SP) foi
confirmada ontem (2) pela prefeitura. Segundo Carolina Owaza, chefe do
Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do município, a
vítima era um homem de 76 anos, que já havia contraído a doença na sua forma não
hemorrágica. A identidade dele a data da morte não foram divulgadas a pedido da
família.
Ainda em Santos, a Secretaria Estadual de Saúde está investigando a morte de
uma mulher em decorrência de dengue. Só este ano, 3.259 casos de dengue foram
confirmados no município, o que deixou a cidade em situação de epidemia desde o
dia 6 de março, não sendo mais necessário, em função disso, fazer a sorologia
para confirmar a doença. No mesmo período, em 2010, ano também epidêmico,
ocorreram 5.641 casos da doença e 23 mortes.
“A Baixada Santista já está em epidemia. Não é só o município de Santos.
Vários municípios declararam epidemia aqui na Baixada Santista. O que significa
isso? Há uma conta técnica, que segue um protocolo do Ministério da Saúde,
levando em conta o número de casos positivos [de dengue] proporcional ao número
de habitantes. Para Santos, quando se atingisse 420 casos, seria declarado a
epidemia”, explicou Carolina.
Em Praia Grande, outra cidade da Baixada Santista que está em situação de
epidemia, foram confirmados 1.762 casos de dengue. No ano passado – que, segundo
a prefeitura, não foi um ano epidêmico - ocorreram 48 casos da doença.
A prefeitura de São Vicente, na mesma região, informou à Agência
Brasil que ainda não foram confirmados mortes por dengue no município
este ano. Mas estão investigados casos de duas mulheres que morreram com
sintomas da doença. Só este ano, 382 casos de dengue foram registrados na cidade
e mais 490 pessoas aguardam o resultado de testes para confirmar se estão com
dengue.
Em Guarujá, a morte de uma mulher também está sendo investigada. Até o
momento, 296 casos de dengue foram confirmados na cidade. Em todo o ano passado
foram registrados apenas 60 casos da doença. Segundo a prefeitura, a cidade
ainda não decretou situação de epidemia.
Para conter a epidemia de dengue, a cidade de Santos tem feito mutirões em
todos os bairros e vistoriado residências. A partir de hoje, o trabalho foi
intensificado com nebulização e a prefitura pede que a população colabore para
acabar com os focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da
dengue.
“Temos que pensar em dengue o ano todo, não somente quando começa o verão. É
preciso eliminar os criadouros. O ovo do mosquito fica viável durante um ano,
sem água. Por isso o controle da dengue deve ser o ano todo. Se não tiver
mosquito, não haverá transmissão”, disse Carolina. “A pessoa também tem que ser
responsável em fazer a sua parte”, cobrou.
Fonte Agência Brasil
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