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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sistema telerobótico melhora tratamento do câncer de bexiga

Andrea Bajo opera o telerrobô num balão de vidro com o tamanho de uma bexiga humanaDispositivo fornece visão mais clara dos tumores da bexiga para que possam ser diagnosticados e removidos com mais precisão
 
Pesquisadores das universidades de Vanderbilt e Columbia, nos EUA, desenvolveram um sistema TeleRobótico projetado para melhorar o tratamento do câncer de bexiga.
 
O aparelho, que pode ser inserido através de orifícios naturais, neste caso, a uretra, fornece aos cirurgiões uma visão muito melhor dos tumores da bexiga para que possam ser diagnosticados com mais precisão. Ele foi também concebido para tornar mais fácil a remoção de tumores do revestimento da bexiga, independente de sua localização, procedimento chamado recessão transuretral.
 
"Quando eu observei minha primeira ressecção transuretral, fiquei espantado com a forma como os instrumentos são brutos e como são necessários muita força e alongamento do corpo do paciente", afirma o pesquisador Nabil Simaan.
 
Essa experiência inspirou o engenheiro a desenvolver um sistema que utiliza a micro-robótica para realizar esse tipo de cirurgia difícil.
 
 
Segundo os pesquisadores, o sistema TeleRobótico não tira a decisão das mãos dos cirurgiões, o que aumenta sua capacidade e lhes dá superpoderes cirúrgicos.
 
O método tradicional envolve a inserção de um tubo rígido chamado ressectoscópio através da uretra e na bexiga. O instrumento contém vários canais, que permitem a circulação do fluido, para proporcionar o acesso de um endoscópio para observação e ferramentas de cauterização utilizadas para a obtenção de tecidos de biópsia a fim de avaliar a malignidade do tumor e para a ressecção de tumores pequenos.
 
Em algumas operações, os cirurgiões substituem a ferramenta de cauterização, com um laser de fibra óptica para destruir as células tumorais.
 
Embora o endoscópio possa dar uma boa visão da mucosa da bexiga em frente à abertura da uretra, a visualização de outras áreas é mais difícil. A equipe médica deve pressionar e girar o escopo ou empurrar o corpo do paciente para ver outras áreas. Estas contorções também são necessárias para remoção de tumores em áreas menos acessíveis.
 
Se o cirurgião, usando observação endoscópica ou biópsia, determina que um tumor é invasivo e penetrou na camada muscular, mais tarde, é realizada uma cistectomia que remove toda a bexiga através de uma incisão no abdômen.
 
Frequentemente isso é feito usando um robô cirúrgico normal. Mas, quando o tumor é superficial restrito à mucosa da bexiga, então ele é removido usando o ressectoscópio.
 
"Como trabalhamos através de um tubo longo e rígido, este pode ser um processo difícil, especialmente em algumas áreas da bexiga", explica o pesquisador Duke Herrell.
 
O novo sistema TeleRobótico é projetado especificamente para operar neste ambiente desafiador. A extremidade da máquina tem apenas 5,5 mm de diâmetro e é constituída por um braço robótico segmentado. O braço curva a 180 graus, permitindo a visualização em todas as direções, incluindo diretamente no ponto de entrada. Na extremidade do braço existe uma fonte de luz branca, um laser de fibra óptica para cauterização, um endoscópio de observação e uma pinça minúscula.
 
De acordo com os engenheiros, eles podem controlar a posição do braço com precisão. Eles também afirmam que o dispositivo pode remover o tecido de biópsias por meio da preensão do tecido alvo com a pinça e, em seguida, cortando-o com o laser.
 
No futuro, os pesquisadores pretendem incorporar métodos de imagem adicionais para melhorar a capacidade de identificar limites do tumor.
 
Além desses métodos de observação, os pesquisadores forneceram ao braço robótico uma sensação de toque. Usando uma técnica chamada de feedback de força, eles podem medir a força que age sobre a ponta quando entra em contato com o tecido.
 
"Os cirurgiões podem geralmente identificar a margem bruta visual de um tumor, mas um robô como este tem o potencial de fazê-lo com precisão submilimétrica e tecnologias adicionais podem ser realmente capazes de distinguir as margens a nível celular", observa Herrell.
 
A equipe pretende fazer uso de tal nível de precisão para programar o robô para executar o que os cirurgiões chamam de "ressecção em bloco", a remoção de um tumor inteiro mais uma pequena margem de tecido normal em uma operação. Esse procedimento é projetado para garantir que não hajam células cancerosas deixadas para trás, o que pode propagar novamente o tumor.
 
Fonte isaude.net

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