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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Os cuidados que garantem a eficácia da pílula anticoncepcional

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas, diarreia ou vômito comprometem sua função
 
Mesmo sendo um dos métodos contraceptivos mais eficientes e famosos do mundo, a pílula ainda exige alguns cuidados. Ingerir o comprimido em horários irregulares ou esquecer-se de tomar são fatores que diminuem a eficácia do contraceptivo. Para evitar surpresa, é necessário incluir o medicamento à sua rotina e seguir todas as orientações médicas. Segundo a ginecologista e obstetra Erica Mantelli, para que a pílula seja de fato eficaz e não apresente falhas é preciso tomar todos os comprimidos da cartela sempre no mesmo horário.

— A pílula anticoncepcional age no organismo feminino inibindo a produção natural de hormônios, e consequentemente inibe a ovulação. Além disso, altera a camada interna do útero, impedindo a implantação do embrião e tem a capacidade de alterar a movimentação do óvulo nas trompas e no muco vaginal, comprometendo a passagem dos espermatozoides nas paredes vaginais — explica.

No entanto, antes de começar a usar qualquer método anticoncepcional, é imprescindível procurar um médico para ser examinada e apenas o especialista pode indicar o melhor método para o seu caso. A pílula anticoncepcional oral é composta de uma pequena quantidade de hormônios iguais aos produzidos pelos ovários. Apesar de ser um excelente método apresenta muitas contra-indicações e o uso sem acompanhamento médico pode colocar a saúde em risco.

Os anticoncepcionais podem ser encontrados em cartelas contendo de 21 a 28 comprimidos, sendo que os de 28 são de uso contínuo, ou seja, sem interrupções. Já as cartelas com 21 comprimidos oferecem uma pausa de uma semana. Nesse período, normalmente, a mulher menstrua. Uma nova cartela deve ser iniciada no oitavo dia do sangramento, independente dele ter cessado ou não. Existem também cartelas com 24 comprimidos e pausa de quatro dias.

É importante respeitar o intervalo recomendado pelo médico entre o fim de uma cartela e o início de outra para que o método funcione de maneira satisfatória. Para que sua eficácia seja próxima de 100% é necessário atentar-se ao que pode interferir no funcionamento da pílula. A ginecologista revela os principais fatores que não devem ser ignorados:

— O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, e casos de diarréia ou vômito após a ingestão da pílula comprometem totalmente sua eficácia. Há ainda medicamentos que cortam o efeito da pílula no organismo. Na dúvida, procure sempre o ginecologista para esclarecer todas as dúvidas — alerta.

A eficiência da pílula pode ser diminuída por:

Esquecer-se de tomar uma ou mais vezes.

Atraso em começar nova cartela.

Má absorção gastrointestinal devido ao vômito ou diarreia.

Interação com outros medicamentos que diminuem os níveis de estrogênio ou progesterona.

Esqueci de tomar a pílula, e agora?
Um dos problemas mais comuns no uso dos anticoncepcionais orais é o esquecimento. Se isso acontecer, não é preciso entrar em desespero.

— O ideal é tomar a pílula esquecida imediatamente, assim que lembrar. Caso a pílula do dia anterior tenha sido lembrada no momento da próxima a ser tomada, ingira as duas ao mesmo tempo — afirma a ginecologista.

Se houver transcorrido mais de 12 horas a proteção contraceptiva pode estar reduzida neste ciclo. As orientações devem se basear na semana que ocorreu o esquecimento da pílula:

• Esquecimento na primeira semana:Tomar a cápsula assim que se lembrar, mesmo que tenha que tomar duas simultaneamente, e continuar o restante da cartela como de costume. Deve adicionar por sete dias um método de barreira para proteção de gravidez indesejada (camisinha masculina ou feminina).

• Esquecimento na segunda semana:Tomar a pílula assim que lembrar, mesmo que tenha que tomar duas simultaneamente, e continuar o restante da cartela como de costume. Se não esquecer mais nenhuma pode terminar a cartela normalmente. Se houver novo esquecimento, deve ser adicionado método de barreira.

• Esquecimento na terceira semana:Ao se aproximar do fim da cartela, o risco de falha do método (e possibilidade de gravidez) fica cada vez maior. Se ocorrer esquecimento na terceira semana, a drágea esquecida deve ser tomada assim que lembrada e terminar a cartela normalmente, porém não deve ser realizada a pausa entre as cartelas e a mulher deve iniciar a cartela nova assim que tomar a última drágea da cartela anterior.

Em caso de distúrbios gastrointestinais como diarreia e vômitos a absorção fica prejudicada. Se isso ocorreu até 4 horas da ingestão da pílula a mulher deve tomar uma nova drágea.

E os efeitos colaterais?
Sangramento, ganho de peso, dor de cabeça e inchaço podem ocorrer com o uso de alguns tipos de pílula. Cada organismo reage de uma maneira, e em algumas mulheres pode provocar emagrecimento, em outras, ganho de peso. Também pode ocorrer uma redução do fluxo menstrual, mastalgia, aumento no tamanho dos seios, varizes, náuseas e alterações na menstruação.

Contra-indicações
Embora seja um excelente método anticoncepcional as pílulas apresentam uma série de contra-indicações que devem ser respeitadas para não prejudicar a saúde da mulher. Dentre as principais destacam-se: história de trombose, embolia pulmonar, infarto, hipertensão arterial grave, diabetes, histórico de acidente vascular cerebral (derrame), enxaqueca, doenças do fígado ou pâncreas, tumores, suspeita de gravidez e sangramento vaginal não diagnosticado. Mulheres tabagistas e com idade acima de 35 anos também se encontram no grupo de risco de complicações.

Outros benefícios do anticoncepcional
Além de evitar a gravidez, os anticoncepcionais apresentam outros benefícios como regular o ciclo menstrual, diminuir a cólica menstrual, diminui a dor nas mamas, diminuir o inchaço, melhorar a tensão pré-menstrual, melhorar a pele e cabelo, diminuir a acne e podem ser usados no tratamento de cistos de ovário.

Pílula: uma amiga da mulher
Se o anticoncepcional for usado de maneira correta, pode proporcionar diversos benefícios para a mulher. Por isso, é importante consultar um ginecologista para que indique a pílula certa para você.
 
Veja alguns cuidados na hora de tomar:

Não use a mesma pílula prescrita para a sua irmã ou amiga, sem orientação médica. Somente um médico pode dizer a marca e o tipo que melhor se adapta a você.

Se tomada de forma correta, a pílula começa a fazer efeito a partir do primeiro dia de uso.

Siga as orientações do seu médico sobre em que dia do seu ciclo você deve iniciar o tratamento. Este dia varia de acordo com a dosagem de hormônios do produto.

Se informe sobre os efeitos colaterais que a pílula que você usa pode causar. A maioria das mulheres não sente nenhuma alteração, mas algumas podem ter sintomas como: dor de cabeça constante, náuseas, aumento de peso, entre outros.

Durante a pausa entre uma cartela e outra, a contracepção continua valendo.

Lembre-se: a pílula anticoncepcional protege apenas da gravidez. Portanto, pode e deve ser associada à camisinha para evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
 
Fonte Diário Catarinense

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