Para estimular o crescimento da massa muscular no animal (peixe, vaca, frango ou porco) os produtores usam antibióticos, enzimas, proteínas e vitaminas.
Segundo os cientistas, essa prática, principalmente com antibióticos, pode provocar alergias e levar à resistência bacteriana em seres humanos. Mas quem trabalha com produção de alimentos de origem animal diz que não tem jeito: o setor é dependente de antibióticos. São aplicados por via intramuscular, subcutânea, oral (alimentação e água), tópica (pele e couro) e por infusões nas mamas ou no útero. Portanto, sempre há riscos de encontrar resíduos na carne, no leite e nos ovos.
Segundo matéria publicada nos jornais, causou polêmica a notícia de que o salmão de criadouros chilenos tinha uma concentração de antibióticos cerca de 350 vezes maior do que a encontrada no peixe de fornecedores noruegueses. No Brasil, existem medidas de controle de antimicrobianos em alimentos. Uma delas é o Programa de Análises de Drogas Veterinárias. Outra é o Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal.
Alguns cientistas relacionam o alto consumo de antibióticos com cânceres, como os de mama e próstata. Mas, de acordo com a pesquisadora do Instituto de Química da Unicamp, Suzanne Rath, a ingestão de remédios proveniente de alimentos é muito baixa. Segundo ela, inexiste prova de associação de câncer com resíduos da droga ou o desenvolvimento precoce das características sexuais. A única maneira, diz a pesquisadora, de evitar a ingestão de antimicrobianos é optar por produtos orgânicos de origem controlada.
Em um ponto todos os pesquisadores concordam: se existe a presença de resíduos de antimicrobianos nos alimentos é porque a prática veterinária não está de acordo com as normas. Talvez os produtores estejam aplicando a droga em espécies diferentes daquelas a que se destina, aumentando a dose, usando por tempo maior que o recomendado e por via diferente da indicada. Podem também estar desrespeitando o intervalo de tempo entre a última aplicação e a eliminação da droga e de seus produtos até níveis aceitáveis como seguros para o consumidor.
No gado leiteiro o uso de antibióticos são necessários para tratar inflamação de glândula mamária.
Fonte Corposaun
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