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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Experiência de Israel em tragédias será usada na Copa do Mundo

O Brasil vai "importar" o conhecimento e a tecnologia de Israel no atendimento a situações de tragédias e catástrofes para treinar profissionais do Samu e dos serviços de urgência e emergências das cidades que vão sediar a Copa de 2014.
 
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) visitou ontem (2) o Centro de Simulação de Israel, do Hospital Tel Hashomer, próximo à Tel Aviv, conhecido mundialmente por treinar profissionais de saúde para situações realísticas de alto risco, como atentados terroristas e grandes acidentes.
 
Padilha integra uma comitiva médica convidada pela Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria para visitar várias instituições de saúde.
 
Segundo o ministro, Israel possui um dos serviços públicos mais eficientes do mundo no atendimento de emergências.
 
"Fizemos simulações parecidas, com o aparato que já temos, durante o Carnaval de Recife, Salvador e Rio. Mas temos muito a aprender com o serviço público de Israel."
 
Ele afirma que essa parceria vai envolver também os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, que já prestam serviços de capacitação profissional ao ministério.
 
Além do treinamento em tragédias, o centro israelense é usado na formação e treinamento de médicos já formados e de outros profissionais de saúde. Eles são permanentemente avaliados e, se não passarem nos testes de capacitação, não podem exercer a profissão.
 
Ainda não está acertado de que forma será a transferência desse conhecimento israelense e nem se o Brasil vai comprar modelos (manequins automatizados que simulam pacientes) usados nas simulações de emergências.
 
Segundo Padilha, dentro do esquema que está sendo montado para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo haverá pontos de atendimento fora do hospital, uma espécie de pequenos hospitais de campanha.
 
No Carnaval de Salvador deste ano, por exemplo, foram feitas pequenas cirurgias craniofaciais em vítimas de agressões. "Testamos o deslocamento de otorrinolaringologistas e de cirurgiões de bucomaxilo através de motos."
 
Ele diz que a previsão é que o atendimento de emergências ocorra mais nas festas públicas após os jogos do que nos estádios.

Medicamento
Padilha também se reuniu ontem com dirigentes de duas indústrias farmacêuticas israelenses, a Teva, líder mundial em fabricação de genéricos, e a Protalix, especializada em biotecnológicos.
 
Recentemente, a Protalix assinou uma PDP (Parceria de Desenvolvimento Produtivo) com a Fiocruz para a produção de um medicamento (taliglucerase Alfa) para pacientes com a doença de Gaucher, que utiliza células de cenoura.
 
Hoje o Ministério da Saúde investe R$ 7 milhões por ano para atender 43 pacientes. A estimativa de economia, após o início da produção e registro da droga na Anvisa, é de R$ 64 milhões durante cinco anos.
 
"Interessa-nos muito ter produtos biológicos de base vegetal porque o custo chega a ser seis vezes menor do que a de base animal. Também pode oferecer menos riscos de contaminação de vírus de célula bovina ou suína."
 
Fonte Folhaonline

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