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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Philips: 64% das vendas brasileiras são produzidas localmente

Fábrica de equipamentos de diagnóstico por imagem, localizada em Lagoa Santa (MG), produz 1500 unidades por ano. Confira os processos de produção dos equipamentos e os planos futuros
 
Fruto de uma das aquisições comandadas por Daurio Sperazini, ex- Philips e atual vice-presidente para a América Latina da concorrente GE, a VMI adquirida em 2007 pela Philips, era voltada exclusivamente à produção de equipamentos de raio-x. Após a compra, a multinacional holandesa ampliou a fábrica e hoje, é de Lagoa Santa (MG) que saem 64% das vendas da companhia no Brasil, que incluem de raio-x analógicos a modelos de ressonância magnética e tomógrafos.
 
Praticamente tudo que é vendido para a América Latina é produzido ou montado na fábrica. Linhas como o PET-CT são importadas da matriz na Holanda, assim como alguns modelos de ressonância magnética. A opção, segundo o vice-presidente de Sistemas de Imagem para América Latina, Daniel Mazon, obedece critérios como o perfil de mercado.  “Tem relação com a necessidade do mercado, se o produto não tem entrada é porque o mercado não necessita, ou então não há volume significativo para darmos atenção”, afirma.
 
Prestes a começar da Jornada Paulista de Radiologia 2013, neste dia 2 de maio, onde as empresas de diagnóstico por imagem apresentam seus lançamentos para América Latina, Mazon afirma que existem produtos no Brasil que nunca foram lançados no RSNA (Sociedade de Radiologia Norte-Americana). “Por mais que seja uma empresa global, temos a missão de servir localmente”, explica o executivo.
 
Produção local
Hoje a multinacional produz 100% dos equipamentos de raio-x analógicos e digitais localmente, considerados produtos de “entrada” para os prestadores de serviço.
 
Já os equipamentos como ressonância magnética e tomógrafos são por meio do Processo Produtivo Básico (PPB), definido pelo site do Ministério do Desenvolvimento como “o conjunto mínimo de operações em um estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva industrialização de determinado produto”.  Tal acordo viabiliza a montagem de produtos na fábrica desde que siga regras que incluam a utilização de insumos e outros componentes da indústria nacional.
 
“O PPB diz quais são os passos que temos de seguir na produção do equipamento e  quais componentes devemos comprar de fornecedores locais, ou seja, diz qual a indústria que se desenvolverá indiretamente”, conta o executivo.
 
Desta forma, na unidade de Lagoa Santa (MG), algumas partes de uma ressonância, por exemplo, ainda são importadas. Mas para garantir a produção local, um processo é seguido, o que garante o PPB do produto. O equipamento devidamente atestado pelo processo facilita o financiamento: um futuro cliente Philips, por exemplo, pode conseguir empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para a compra do produto.
 
Além disso, em Lagoa Santa há um grande espaço para testes, onde é executada a calibragem dos equipamentos e onde é avaliado se as diferentes peças  funcionam corretamente já como produto final. “Na tomografia, por exemplo, usamos computadores fabricados no Brasil. Eles são muito importantes, pois caso aconteçam falhas, há um forte impacto na qualidade de imagem e na operação de um hospital e do nosso cliente. Assim, temos de ter certeza se o que foi comprado de fornecedores locais está funcionando perfeitamente”, conta o executivo.
 
Com 25 anos, a fábrica brasileira tem 44 mil m² de área total, 15 mil m2 de área construída e 195 funcionários – podendo chegar a 200 em determinadas épocas. No local, 25 destes profissionais trabalham no centro de Pesquisa e Desenvolvimento, que conta também com cerca de 10 parcerias com universidades de todo o País.
 
Futuro
Mazon não abre os números da operação local, mas diz que o “mercado de imagem está crescendo” e diz que “a  intenção é aumentar cada vez mais o acesso ao Brasil”.  Para este ano está programado o lançamento de uma mamógrafo digital produzido inteiramente no Brasil, que no momento aguarda a aprovação da Anvisa. O executivo também adiantou que há planos de parcerias
na área educacional com foco na capacitação de mão de obra.
 
Além da filial brasileira, a multinacional holandesa possui fábricas na Índia, China, Itália, Estados Unidos e Holanda dedicadas em diagnóstico por imagem. Globalmente, as vendas de Healthcare da empresa atingiram o número de €10 bilhões em 2012.
 
Fonte Saudeweb

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