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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Terapia comportamental é mais eficiente que remédios no tratamento contra TOC

Pesquisa concluiu que pacientes com TOC devem receber terapia
cognitivo-comportamental
Pesquisadores descobriram que 80% dos pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo que realizaram terapia apresentaram redução dos sintomas
 
Existem cinco medicamentos antidepressivos aprovados pelo FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) para o tratamento de transtornos obsessivo-compulsivos.Entretanto, às vezes esses medicamentos são ineficazes e as normas médicas sugerem que o tratamento inclua um antipsicótico. Cientistas agora descobriram que talvez seja mais eficiente incluir a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
 
Os pesquisadores estudaram 100 pessoas com transtorno obsessivo compulsivo (TOC) que estavam tomando antidepressivos sem apresentar muitas melhoras. Os participantes foram divididos em três grupos: 40 tomaram o antipsicótico risperidona (cujo nome comercial é Risperdal), 20 receberam comprimidos de placebo e 40 realizaram terapia de exposição e prevenção de rituais (EPR) – um tipo de terapia cognitivo-comportamental – duas vezes por semana durante oito semanas. Todos os participantes continuaram tomando seus antidepressivos.
           
O estudo foi publicado online no periódico JAMA Psychiatry e diversos autores possuem relações financeiras com empresas farmacêuticas.
 
Com o uso de escalas e questionários devidamente validados, os pesquisadores descobriram que 80 por cento dos pacientes que realizaram a terapia de EPR apresentaram redução dos sintomas, progresso no desempenho das atividades diárias e melhora da qualidade de vida. Aproximadamente 23 por cento obtiveram melhoras após tomar risperidona e 15 por cento melhoraram com o uso do placebo.
 
"Os pacientes com transtorno obsessivo compulsivo devem receber antes de tudo a ERP e os sintomas de alguns atingirão um grau mínimo", afirmou a Dra. Helen Blair Simpson, principal autora do estudo e professora de Psiquiatria da Universidade Columbia.
 
"Aqui temos uma notícia promissora", afirmou. "Existem bons tratamentos."

The New York Times/iG

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