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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Uso do celular para cuidar da saúde tem aprovação de médicos

Usuários da chamada medicina 2.0 cuidam da saúde com um toque na tela do celular. Aplicativos já ajudam a monitorar vários órgãos de nosso corpo apenas com a ponta dos dedos e têm a aprovação de médicos.
 
Médico intensivista, cardiologista e especialista em terapia nutricional, Flavio Alvim criou a InfoSalutis, que cria programas disponíveis para empresas privadas e usuários de planos de saúde.
 
"Antigamente, o médico era o detentor das informações. O médico hoje é o detentor do conhecimento. As informações estão disponíveis e provavelmente o paciente vai chegar ao consultório com elas. E a gente vai ter que orientar os pacientes", explica o médico.
 
O empresário Francisco Lacerda revela que encontrou na tecnologia uma forma de cuidar da saúde, principalmente por não ter tempo e a disciplina necessária. Uma pulseira de borracha o ajudou a mudar de hábitos. Ela alimenta o celular do usuário com informações de seu dia a dia, como o quanto está se movimentando e os picos de atividades. "Eu tenho que manter bons hábitos, tomar bastante água, me alimentar a cada três horas, dormir o suficiente ao longo da semana", conta Francisco.
 
A Alice ficou diabética aos 5 anos. Durante um ano, usou o tratamento tradicional da doença, com medição de glicemia, cálculo manual e seis aplicações diárias de insulina com injeções. Há quatro anos, passou a usar um aparelho que funciona como um microcomputador que não só calcula automaticamente a quantidade de insulina, como também elimina as injeções diárias. Todas as informações são arquivadas no aparelho e depois repassadas para um arquivo que a cada quatro dias Alice e sua mãe levam para a médica endocrinologista Walkyria Volpinio. É a tecnologia e medicina andando juntas.
 
"Tem uma parte do tratamento de diabetes que fica muito na mão da gente. E há variações. A gente teme esse jogo o tempo todo, porque a gente não consegue ter uma glicemia linear, estabilizada.
 
Sabendo a quantidade de carboidratos que ela consumiu, a Alice mesma insere na bomba sozinha. Então a gente não precisa ter alguém que fique supervisionando na escola", explica a mãe da menina, Ana beatriz Ninardi, professora universitária.
 
Leandro Sanchez é sócio da EY, empresa que auxilia na implantação de tecnologia em laboratórios e hospitais. Com uma equipe formada por engenheiros, técnicos da informação, médicos e farmacêuticos, ele consegue oferecer as melhores soluções para seus clientes. "Essa utilização, mesmo incipiente, pode ajudar em tratamentos de doenças crônicas, onde o paciente pode fornecer informações para o médico sem estar no hospital, através de um celular, de um tablet. E com isso você tem uma agilidade no processo no acompanhamento do tratamento do paciente", descreve Leandro. 
 
O médico Flávio Alvim destaca que nenhuma tecnologia hoje afastou as pessoas. Pelo contrário: aproximaram. "Eu acho que com o médico e o paciente não vai ser diferente", declara Flávio.
 
G1

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