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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Como será o edifício de saúde no futuro?

Por João Carlos Bross

"Arquitetura será definida por seus usuários em função de inovadores modelos de atenção que o futuro definirá"

O provimento de ações voltadas à Saúde e o Bem Estar das pessoas ao lado da prevenção e atenção às doenças requerem, no exercício da gestão, conhecimento e práticas no estudo e análise de tendências e cenários que se apresentam no ambiente natural e social envolvendo os indivíduos e suas comunidades, exigindo o gerenciamento de inovações, impactos e mudanças decorrentes de suas incorporações na modernização dos processos de trabalho.

Tendências são fatos ou acontecimentos que vão sendo pressentidos lenta ou repentinamente e que se constituem em vetores de utilização inovadora ou de mudanças, gerando novas práticas ou alterando aquelas em curso.

O hoje superado modelo hospitalocêntrico de cuidar dos pacientes “quando doentes”se desagrega pulverizando as atuais atividades médico-hospitalares exercidas em edifícios únicos, e as desloca operacional e fisicamente para junto dos consumidores, fornecendo em Centros Médicos, com nova organização espacial os serviços destinados à promoção da Saúde, aos cuidados primários e com recursos para procedimentos diagnósticos e terapêuticos de curta duração e baixo risco, como cirurgias ambulatoriais e endoscopias resolutivas.

Estes estabelecimentos “na ponta” estenderão sua atuação aos cuidados domiciliares dos pacientes em habitações que estão equipando seus ambientes com dispositivos de conforto para acolher indivíduos portadores de dificuldades locomotoras, de higiene e dietética e demandando cuidados temporários, ou nos períodos de recuperação.

Aos hospitais competirá atender pacientes em situações agudas e estados críticos, reunindo competências multidisciplinares e tecnologias médicas integradas para atuação junto aos que lhes forem referidos pelas unidades de cuidados primários, localizadas junto às comunidades povoadas por consumidores de “serviços de saúde”, sendo, quando necessário, acolhidos nos processos que compõem os “programas de doenças”.

As tendências e expectativas sobre configurações dos futuros sistemas recomendam que a “constelação” de Edifícios de Saúde, com diferentes usos, exijam que contem com os seguintes atributos arquitetônicos:

- Disponham de setores de atividades junto aos consumidores organizados fisicamente, reduzindo fluxos, desperdícios de tempo e esforço humano, facilitando a visão e o controle dos processos. A estrutura de sustentação do edifício, seus fechamentos e dutagens para instalações, deverão permitir flexibilidade para novos e rápidos rearranjos internos.

- Deverá ter seu território dimensionado para permitir expansões que possam ocorrer em decorrência de mudanças ou acréscimos na produção e suporte aos serviços inicialmente prestados.

- Os ambientes internos deverão plasmar (ou seja, modelar) seus ocupantes pela arquitetura de interiores e pela integração visual e interligação com ambientes externos.

Os edifícios acolhem e embalam as atividades que compõem o Negócio da Saúde. A este compete, no foco de sua visão estratégica, definir qual a mais adequada, funcional e econômica configuração predial que atenderá sua produção de serviços e os suportes necessários aos processos, em ambientes que promovam a satisfação de seus funcionários e a recuperação física e emocional de seus pacientes.

O edifício de saúde do futuro terá sua arquitetura definida por seus futuros usuários em função de inovadores modelos de atenção que o futuro definirá!

Fonte SaudeWeb

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