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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Portugal: Cancro: Redução de donativos põe em risco sobrevivência

Vive, há 13 anos, para ajudar os doentes com cancro, graças a donativos e ao trabalho dos voluntários. E embora tema pelo futuro, a União Humanitária dos Doentes com Cancro não baixa os braços e acaba de lançar mais um apoio.

Orgulha-se de sobreviver graças aos donativos e trabalho dos voluntários. Tem sido assim há treze anos, mas hoje a União Humanitária dos Doentes com Cancro enfrenta outro desafio, que dá pelo nome de crise, e que coloca em risco a sua existência.

«Desde 2009 que temos vindo a contabilizar uma drástica redução de donativos», confirma ao Destak Luís Filipe Soares, presidente da instituição. Em perigo estão «os serviços que gratuitamente disponibiliza a todas as pessoas com cancro e seus familiares».

Embora, refere, se tenha conseguido manter, graças a muita ginástica, o frágil equilíbrio orçamental, é urgente «encontrar outras formas de angariação de fundos, nomeadamente, através de um contacto mais personalizado com a população e da receita de eventos e espectáculos». Como os dois que estão já marcados: o Dia Zen, a 6 de Maio, na Cordoaria Nacional, e a 4.ª Corrida Vencer o Cancro, a 17 de Junho, no Parque das Nações.

Dias depois de ter comemorado o seu 13º aniversário, a associação faz um balanço de uma actividade que inclui muitos números. A começar pelas consultas de apoio psicológico, criadas a 7 de Abril de 2002, fruto da necessidade de um apoio que, na altura, faltava colmatar. «O cancro é uma doença que pode ser muito traumatizante, explica Luís Filipe Soares. «Pelo que este apoio, para muitos doentes, é imprescindível, podendo significar a diferença entre olhar a doença de frente e querer tratamento, ou baixar os braços».

Um apoio que, à semelhança de todos os restantes disponibilizados pela União, é também gratuito. Em média, são dadas quatro consultas por dia, 88 por mês, 968 por ano. Até hoje, contas feitas, são cerca de nove mil.

A este apoio juntam-se outros, como a Linha Contra o Cancro, a primeira linha telefónica no País de apoio a doentes com cancro, que todos os dias recebe, em média, oito chamadas, «o que totaliza um apoio a cerca de 176 doentes por mês, 1 936 doentes por ano». O apoio psicológico lidera os assuntos mais falados, seguindo-se o apoio médico, nomeadamente, no que diz respeito aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia e ainda os direitos dos doentes oncológicos.

São 14, no total, as valências prestadas, que vão desde o apoio domiciliário, passando pelo hospitalar, médico, multidisciplinar especialmente dirigidos a crianças diagnosticadas com cancro, entre muitos outros. Um trabalho que, segundo Luís Filipe Soares, os portugueses reconhecem, embora com a crise, «naturalmente as pessoas, por mais boa vontade que tenham, não podem dar o que não têm». Apesar de tudo acredita na continuação do apoio, para que, por sua vez, a organização possa continuar a ajudar quem precisa.

Fonte Destak

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