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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Insônia crônica pode aumentar em até três vezes o risco de morte

Os resultados independem de doenças associadas e de subtipos de insônia

Pessoas com insônia crônica apresentam um risco elevado de morte, de acordo com uma pesquisa apresentada em San Antonio, no Texas, na 24ª reunião anual da Associated Professional Sleep Societies. Os resultados indicam que a taxa de risco ajustado para todas as causas de mortalidade foi três vezes maior em pessoas com insônia crônica, em comparação a pessoas que não sofrem com o problema.

Existem quatro subtipos de insônia: insônia precoce com despertar crônico, insônia de manutenção do sono (dificuldade para voltar a dormir), insônia de início do sono e insônia que faz a pessoa despertar diversas vezes durante a noite. Os pesquisadores descobriram que o risco de morte era de dois a três vezes mais elevado, independentemente do subtipo de insônia relatado pelos pacientes.

"O resultado mais surpreendente foi o aumento do risco elevado de mortalidade em indivíduos com insônia crônica, mesmo após o ajuste para todas as variáveis de confusão", disse o autor Laurel Finn, bioestatístico da Universidade de Wisconsin-Madison. "O outro achado importante foi a não diferenciação entre os subtipos de insônia em relação ao risco de mortalidade".

O estudo, feito pela National Heart Lung and Blood Institute, nos EUA, envolveu 2.242 participantes que completaram questionários enviados para os anos 1989, 1994 e 2000. Os participantes que foram considerados como tendo insônia crônica relataram sintomas de insônia em pelo menos dois dos inquéritos.

As taxas de risco estimado de mortalidade foram ajustadas para o índice de massa corporal, idade e sexo, bem como as condições médicas, como bronquite crônica, infarto, derrame, hipertensão, diabetes e depressão, relatadas a cada paciente. Durante a pesquisa, 128 participantes que tinham o problema morreram.

Finn adicionou que os resultados enfatizam a necessidade de médicos para fornecer tratamentos eficazes para a insônia, mesmo na ausência de problemas de saúde. "A insônia é um sintoma pesado e tem um impacto negativo na qualidade do sono, o que pode levar as pessoas a procurarem tratamento", disse. "A identificação de insônia como fator de risco de mortalidade pode ter implicações clínicas e elevar o nível de prioridade para o seu tratamento."

Uma boa noite de sono
Um estudo anterior realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A partir da análise de 2.800 pessoas, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi 7,5 horas, incluindo cochilos.

Os mais velhos, de 100 anos, e os adultos acima de 70, foram os mais prováveis de relatar boa qualidade de sono do que os participantes mais jovens, de 65 a 79, após controle de variáveis como as características demográficas, socioeconômicas e de saúde.

O neurologista Shigueo Yonekura, do Instituto de Medicina e Sono dá dicas simples de como espantar a insônia:

- Leia um livro: a leitura ajuda a melhorar a insônia, porém recomenda-se que sejam livros menos complexos e não tão interessantes, porque senão o efeito pode ser o inverso;

- Escolha a trilha sonora: Escutar uma música antes de dormir pode ajudar a embalar o seu sono. "É melhor ouvir algo mais calmo, que te faça relaxar. Um ritmo mais acelerado vai te deixar agitado", diz o neurologista;

- Prepare um chá morninho: Os chás, que não são à base de cafeína, em geral, ajudam a relaxar e por isso são bons indutores do sono;

- Faça uma massagem: "A massagem ajuda a dormir, pois relaxa os músculos e a mente. Uma das maiores causas da insônia, hoje em dia, é o estresse e as tensões acumuladas. A massagem é benéfica porque alivia estes sintomas", explica Shigueo.

Fonte Minha Vida

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