Especialistas estão animados com eficácia de drogas que têm menos efeitos
colaterais
O arsenal de novos medicamentos desenvolvidos contra a hepatite C pode
erradicar a doença nos próximos anos. Essa é a meta de médicos do mundo todo,
reunidos até terça-feira em Boston, nos Estados Unidos. Promovido pelo Congresso
da Associação Americana para Estudos de Doenças do Fígado (AASLD), o evento está
reunindo mais de 8 mil especialistas, concentrados para debater os avanços nessa
área da Medicina.
— O grande destaque está sendo as novas drogas, como o telaprevir (já
disponível pelo Sistema Único de Saúde — SUS). Com as novas opções, o esquema
posológico ficará muito mais confiável. Já estamos falando em mais de 90% de
chances de cura, com muito menos efeitos colaterais para os pacientes — afirma
Fábio Barros, hepatologista da Universidade Federal de Pernambuco.
Hugo Cheinquer, professor da Fundação Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
diz que a atualização dos médicos brasileiros é essencial.
– Um dos objetivos é trazer as novidades para o país, para podermos ajudar a
grande quantidade de pessoas que sofre de doenças graves do fígado,
principalmente a hepatite C — prevê Cheinquer.
Fique por dentro
- Considerada uma doença silenciosa, a hepatite C é caracterizada por um
grupo de infecções virais que afetam o fígado. É uma das doenças hepáticas
virais mais comuns e até o momento não existe nenhuma vacina capaz de evitá-la.
A hepatite C possui cinco genótipos identificados, sendo o tipo 1 o mais
frequente e o mais difícil de tratar.
- Ela é encarada como um problema de saúde pública, devido a sua alta
prevalência e desconhecimento. É uma doença crônica que, a longo prazo, pode
causar sérios problemas à saúde. Aproximadamente 30% dos indivíduos infectados
acabam desenvolvendo outras consequências da doença, como cirrose e câncer de
fígado. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.
Fonte Zero Hora
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