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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Governo quer testar 500 mil contra HIV, sífilis e hepatite

Nos dez dias que antecedem o Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro, o governo federal pretende mobilizar Estados e municípios para uma grande campanha de testagem de HIV, sífilis e hepatites virais.
 
A expectativa é realizar 500 mil testes entre 22 de novembro e 1º de dezembro na mobilização, tida pelo Ministério da Saúde como inédita pela extensão da campanha.
 
Hoje, estima-se que de 200 mil a 250 mil brasileiros têm HIV e não estão diagnosticados. Outras 250 mil pessoas estão em tratamento contra a doença.
 
Segundo o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, dez Estados já apresentaram um plano para a mobilização e solicitaram o envio de testes rápidos --que permitem a detecção em 30 minutos e devem ser acompanhados de aconselhamento do paciente por um profissional da saúde.
 
A expectativa, no entanto, é que a campanha esteja nas 27 capitais com unidades móveis de testagem.
 
Epidemia concentrada
O diretor do departamento de DST do ministério, Dirceu Greco, classifica a Aids no Brasil como uma "epidemia concentrada e heterogênea".
 
A prevalência da Aids chega a 10,5% no grupo HSH (homens que fazem sexo com homens) e a 14% entre as travestis. Na população geral de 15 a 49 anos está em 0,6%, entre profissionais do sexo é de 5% e entre usuários de drogas, 5,9%.
 
"A prioridade é o diagnóstico precoce. Cerca de 30% dos que chegam ao tratamento, no Brasil e em outros países, chegam em estágio moderado ou grave", disse Greco na quinta-feira, em apresentação ao Conselho Nacional de Saúde.
 
Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, respaldou a avaliação de Greco e disse que o ministério nunca afirmou que a doença estava em queda.
 
"Nenhum documento nosso diz que a Aids está declinando. Sempre falamos das variações, temos que olhar as várias epidemias, concentradas", disse ele.
 
Barbosa contestou um documento elaborado pela Fiocruz este ano, que faz críticas ao programa de Aids e descreve um cenário pessimista para 2030.
 
"Esse documento da Fiocruz é, em grande parte, uma aposta, não há nenhuma evidência de que aquilo pode acontecer. Procurem um dado do presente que respalde [o documento] que eu peço desculpas publicamente", afirmou o secretário.
 
Fonte Folhaonline

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