Motivo de alteração hormonal, problemas na pele e resistência à insulina, a síndrome de ovários policísticos afeta em torno de 15% das mulheres em todo mundo, de acordo com especialistas. Sua principal característica é a elevada produção de androgênio – hormônio masculino causador de excessiva formação e acúmulo de folículos no ovário –, com impeditivo de liberação de óvulos. Apesar de complexo, o problema de saúde tem controle. Dieta rigorosa, exercícios físicos e o uso de anticoncepcionais são a base do tratamento que deve ser feito por toda vida.
A síndrome é diagnosticada por exames clínicos, pela observação de problemas na pele (oleosidade, acne e espinhas), aumento de pelos, ganho de peso e irregularidade menstrual. Para tirar a prova dos nove, o ultrassom detecta o problema no ovário, que também é responsável pela deficiência de ovulação. Isso porque, enquanto a mulher sadia tem 12 ovulações ao ano, a mulher com ovários policísticos não apresenta mais que cinco.
Médicos advertem sobre a existência de um tratamento universal, apesar da indicação de anticoncepcionais orais em quase todos os casos. Segundo o capítulo Síndrome dos Ovários Policísticos, escrito pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina (AMB/CFM), a escolha do tratamento deve ter como base três eixos: tratamento de sinais e sintomas do hiperandrogenismo, tratamento da infertilidade e prevenção de consequências em longo prazo.
Tratamento eficaz
Para controlar a alta taxa de hormônios masculinos, mulheres passam a usar pílulas anticoncepcionais. “Elas diminuem o funcionamento do metabolismo e melhoram sintomas de aumento de pelos, espinhas, irregularidade menstrual e cólica já nos quatro primeiros meses”, esclarece Carlos Padayuki Oshikata, ginecologista do Hospital e Maternidade Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Quem não pode tomar a pílula, pode se beneficia de tratamentos à base de progesterona.
Para controlar a alta taxa de hormônios masculinos, mulheres passam a usar pílulas anticoncepcionais. “Elas diminuem o funcionamento do metabolismo e melhoram sintomas de aumento de pelos, espinhas, irregularidade menstrual e cólica já nos quatro primeiros meses”, esclarece Carlos Padayuki Oshikata, ginecologista do Hospital e Maternidade Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Quem não pode tomar a pílula, pode se beneficia de tratamentos à base de progesterona.
Vale lembrar que pílulas são indicadas para mulheres que não desejam engravidar. Caso contrário, é necessário recorrer para indução da ovulação, sendo a substância metformina a mais segura para aumento das taxas de ovulação e gravidez. Outra possibilidade é uso de fórmula com citrato de clomifeno isolado ou associado com drogas que diminuem os níveis de insulina, responsáveis também por regular o ciclo menstrual. Entretanto, o Dr. Carlos faz uma ressalva: “deve ser feita uma avaliação cuidadosa em relação ao que é usado para resistência à insulina e à síndrome metabólica, pois as alterações aumentam a chance de desenvolver diabetes, hipertensão arterial e risco cardiovascular”.
Paralelamente ao tratamento medicamentoso, a mudança de estilo de vida com dieta e exercícios físicos favorece a perda de peso, reduzindo os níveis androgênicos à resistência de insulina. Tudo contribui para regular a ovulação, prevenir diabetes e doenças cardiovasculares.
Tão bons são os resultados obtidos com esses tratamentos, os médicos evitam recorrer à cirurgia corretiva. Mas atenção: uma vez iniciado, o tratamento da síndrome dos ovários policísticos deve ser contínuo, pois a interrupção colocará tudo a perder.
Agência Hélice
Especial para o Terra
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