Carboidratos são a principal fonte de energia utilizada pelos seres vivos. A ingestão de alimentos que contenham carboidrato é fundamental para fornecer energia ao cérebro e ao sistema nervoso. Além disso, os carboidratos também são a principal fonte de fibras, necessárias para manter a integridade do trato digestório. A redução indiscriminada na ingestão desses alimentos pode levar a consequências como fraqueza e tontura.
É o que explica Kátia Cristina Andrade, pesquisadora na área de Nutrição Humana da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). “Os carboidratos são classificados em açúcares – como aqueles encontrados nas frutas –, oligossacarídeos – o amido que se encontra no feijão, por exemplo – e polissacarídeos (grupo em que estão inseridas as fibras alimentares), que são encontrados no arroz integral, feijão, verduras e cereais integrais”, explica a especialista.
Dica é reduzir um tipo específico de carboidrato: os açúcares
Nenhum nutriente deverá ser ingerido em excesso, e para o carboidrato é a mesma condição. O excesso da sua ingestão é convertido em gordura. Como se trata de um nutriente energético, a sua ingestão excessiva poderia levar ao ganho de peso, ou seja, se há aumento na ingestão e não há aumento no gasto energético, poderá ocorrer um aumento de peso, e com isso outras consequências decorrentes do ganho de peso excessivo.
Atualmente, diz Kátia, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ingestão de carboidratos é entre 55% a 75% do total das calorias do dia. “Entretanto, deve-se priorizar a ingestão de carboidratos como os polissacarídeos e sempre procurar inserir na dieta aqueles preparados com farinhas escuras e grãos integrais, enquanto que a ingestão de sacarose, que é o açúcar branco, deve ser reduzida”.
Procurar carboidratos de baixo índice glicêmico
Outra condição que se observa quanto aos alimentos fonte de carboidrato é o índice glicêmico (IG). “São os efeitos que alimentos fonte de carboidrato exercem sobre a concentração de glicose no sangue (glicemia)”, explica Kátia. Fatores como a presença de fibras solúveis, o nível do processamento do alimento, a interação amido-proteína e amido-gordura podem influenciar nos valores do índice glicêmico.
“O IG é uma classificação proposta para quantificar a glicose sanguínea após a ingestão de alimentos fonte desse nutriente. A ingestão de alimentos com baixo IG tem sido associada ao melhor controle da glicemia e também na proteção da obesidade, especialmente em indivíduos diabéticos”, diz a especialista.
Já os alimentos de IG alto ficam menos tempo no estômago, mas criam picos de glicose no sangue, seguidos de mais fome. Veja abaixo uma tabela de alimentos e seus índices glicêmicos, que pode ajudá-lo a escolher o que comer na próxima refeição, sem comprometer a saúde.
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