Rio de Janeiro – A retomada imediata das obras de reforma do prédio onde
funcionava o setor de Emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na
zona norte da capital fluminense, foi discutida ontem (14) em reunião que teve a
participação de membros do Conselho Regional de Medicina do estado do Rio de
Janeiro (Cremerj), representantes do Ministério da Saúde e integrantes do corpo
clínico do hospital.
Desde janeiro de 2011 que as obras
de reforma da Emergência estão paradas por causa de irregularidades no processo
de licitação. Por causa disso, o setor está funcionando improvisadamente em
contêineres instalados em uma área próxima ao estacionamento do HFB, com graves
prejuízos para os pacientes atendidos no local, inclusive com superlotação.
A Comissão de Fiscalização do
Cremerj esteve nesta terça-feira (13) na Emergência e constatou que o ambiente ainda
apresenta condições insalubres e inadequadas para o atendimento. De acordo com a
presidenta do conselho, Márcia Rosa de Araújo, o Cremerj pretende monitorar o
hospital juntamente com o Ministério Público, para regularizar a situação o
quanto antes.
"Há pelo menos 33 pessoas internadas
na Emergência, enquanto o limite é 25. Um paciente estava internado há mais de
24 horas, ultrapassando o limite para emergências. Mais do que nunca, é
necessário a contratação de recursos humanos e, também, o conserto urgente do
exaustor [para evitar que o paciente contraia alguma bactéria, devido ao calor
nos contêineres]. Todas essas questões têm que ser resolvidas em um prazo máximo
de 30 dias", disse.
Ainda segundo a presidenta do
Cremerj, os médicos que trabalham na Emergência, aumentaram as transferências
internas de pacientes, mas a oferta de leitos pelo sistema de regulação é
insuficiente.
"Há déficit de recursos humanos, com todos os pediatras deslocados para os plantões, acabando com a equipe de rotina. O número de clínicos também não é adequado ao porte do hospital".
"Há déficit de recursos humanos, com todos os pediatras deslocados para os plantões, acabando com a equipe de rotina. O número de clínicos também não é adequado ao porte do hospital".
Fonte Agência Brasil
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