Tem quem acredite que a cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução
de estômago, garante o emagrecimento permanente. Contudo, os índices mostram que
de 10% a 40% dos pacientes voltam a engordar depois da cirurgia.
Segundo os especialistas, a cirurgia isolada não garante o
emagrecimento. É preciso a realização de um tratamento multiprofissional para
garantir o sucesso da cirurgia a longo prazo.
As principais causas do reganho de peso após a cirurgia é a
falta de aderência ao tratamento e o abandono do seguimento pós-operatório. Além
disso, fatores genéticos, transtornos da alimentação, os maus hábitos de vida, o
uso crônico e abusivo de bebidas alcoólicas e a microbiota intestinal podem
levar ao ganho de peso.
O peso anterior à cirurgia também influencia no reganho de
peso, quanto mais obeso for o paciente antes da cirurgia bariátrica, maior e
mais rápido será o reganho caso a pessoa não siga o tratamento
pós-cirúrgico.
Dessa maneira, os superobesos voltam à condição de obesos
mórbidos, podendo ser indicados para uma nova cirurgia. Para aqueles que a
obesidade não é tão severa, o reganho de peso tem uma incidência menor. Porém,
eles podem voltar a ter as comorbidades da obesidade como também frustrar sua
expectativa de manter o peso desejável.
O tempo médio de reganho de peso da cirurgia é de dois a quatro
anos, sendo que a incidência pode chegar aos 40%, conforme o tipo da cirurgia e
o índice de massa corporal iniciais. Quanto mais restritiva for a cirurgia,
maiores são as chances de reganho de peso e as operações mistas (restritivas
associadas à disabsorção) são as que apresentam menos chances de reganho.
O ideal, segundo os pesquisadores, é realizar um preparo
pré-operatório que envolva um tratamento psicológico e nutricional, trabalhando
a motivação e a conscientização do paciente sobre o comer e a atividade física,
além da importância da adesão ao tratamento pós-operatório.
Quando um paciente reganha o peso perdido, é preciso rever o
tratamento de transtornos de humor, inserção de um de exercícios físicos,
adequação da dieta e estudar quais as causas do reganho relacionadas ao tipo de
operação. Aqui, também é importante a criação de uma equipe multidisciplinar
para acompanhar o paciente.
Fonte: Press-release, Ketchum, 01 de novembro de 2012
Por Boa Saúde
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