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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Médicos brasileiros discordam de grupo americano que pede fim do teste de PSA

A recomendação de um grupo de médicos ligados ao governo americano para que homens saudáveis não façam mais o principal exame de sangue que detecta o câncer de próstata já encontra resistências.
 
O US Preventive Services Task Force – grupo de pesquisadores que influencia nas decisões de saúde pública nos Estados Unidos – disse que não há provas contundentes de que o PSA (antígeno prostático específico, em inglês) rastreie a doença.
 
E, ainda segundo os médicos, os inconvenientes decorrentes de falsos diagnósticos podem superar os benefícios de testar alguém sem sintomas suspeitos da doença.
 
O exame detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata e é um indicativo de câncer. Mas, a dosagem alta de PSA, também pode ser sinal de uma infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata, levando a diagnósticos de falso-positivo.
 
Alguns médicos no Brasil defendem o exame e dizem que apesar do PSA não ser perfeito, recomendar o seu fim é uma atitude criminosa.
 
Joaquim de Almeida Claro, professor de urologia e coordenador do Hospital do Homem de São Paulo, afirma que propagar o fim do teste pode ser a condenação de pessoas à morte. Segundo o médico, a adoção do PSA, a partir de meados dos anos 1980, representou um salto no diagnóstico precoce da doença, possibilitando a ampla taxa de cura conseguida hoje.
 
Já Franz Campos, coordenador da área de urologia do Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro, chama a atenção para o aumento da identificação da doença trazido com o PSA e diz que o exame não deve parar de ser usado, pelo menos no curto prazo.
 
O grupo americano que pede o fim do PSA explica que a popularização do teste teve consequências devastadoras, aumentando o número de biópsias e tratamentos que poderiam ter sido evitados. E diz que não saber o que está acontecendo na próstata pode ser o melhor caminho.
 
Fonte Corposaun

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