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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ar-condicionado na escolinha: necessidade ou conforto?

Pais e instituições divergem se a refrigeração é prejudicial ou necessária
 
Como o verão gaúcho bate recordes de calor, há pais preocupados com a temperatura que seus filhos irão encontrar no local onde passam a maior parte do dia: a escolinha. Acostumadas a conviver com ar-condicionado no carro, em casa e até mesmo no consultório do pediatra, muitas crianças ficam sem a refrigeração quando chegam à escola.
 
Alguns pais estão reclamando – não querem que os filhotes passem calor. Os protestos, inclusive, estão fazendo instituições reverem a questão. É o caso de uma tradicional escola de educação infantil de Porto Alegre, que era contrária à climatização, mas está repensando sua decisão. Uma das diretoras, Ana Paula Moura explica que a posição original da escola era baseada no argumento dos pediatras, de que o contato com ar-condicionado poderia prejudicar a saúde dos pitocos.
 
— Já estamos vendo orçamentos para refrigerar a escola — diz.
 
Em 17 anos de trabalho com esse público, essa é a primeira vez que Nilo Ortiz, outro diretor da mesma instituição, vê tamanha mobilização por parte dos pais:
 
— Só deles, porque os filhos não reclamam nem demostram indisposição.
 
Responsável pela administração de outra escola infantil, Frederio Behrends diz que procura equilibrar a climatização em algumas salas de aula e o contato com o ambiente externo. Uma das estratégias antes de ligar o aparelho é observar o clima na cidade:
 
— Como há bastante umidade e nossa escola é arborizada, estimulamos que as crianças fiquem na rua, brincando na sombra.
 
É dessa forma que a atriz Juliana Amorim procura educar a filha Dara, dois anos e meio. Ela prefere as salas de aula que não têm ar-condicionado. Na escola que frequenta, Dara costuma se refrescar de formas mais naturais.
 
— Querer que a criança viva trancada em uma sala gelada é privá-la de um contato direto com a natureza, que é muito saudável. Melhor levá-la para a piscina e para fazer atividades ao ar livre, como tomar banho de mangueira e encher bexiga — sugere Juliana.
 
A psicóloga Adriane Turatti de Rose, mãe de José Pedro, dois anos e meio, defende o ar-condicionado:
 
— Acho muito melhor eles estarem refrescados do que passando calor. Senão, ficam irritadiços, cabisbaixos.
 
O que dizem os médicos
Segundo a pediatra Silvana Marcantônio, manter as crianças em ambientes resfriados não é contraindicado. O importante é que a temperatura esteja agradável e não prejudique o humor das crianças, que também sofrem com o calor.
 
É preciso, porém, ter um cuidado rigoroso com a mudança radical de temperatura e a limpeza do filtro do ar-condicionado, pois os alérgicos são mais sensíveis.
 
A pediatra explica ainda que a questão tornou-se natural porque, com a facilidade de adquirir um ar-condicionado e carros climatizados, as crianças se acostumaram com o conforto.

Fonte Zero Hora

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