O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira, em evento da OMS (Organização Mundial de Saúde) no Rio, que o país vai elevar em 113% a produção do medicamento para o tratamento da doença de Chagas, que tem como princípio ativo o benzonidazol.
O aumento atende a um pedido da Opas (Organização Panamericana de Saúde), e os comprimidos serão vendidos a Bolívia, Colômbia, Venezuela, Argentina, Paraguai e Uruguai.
No início do mês, a organização Médicos sem Fronteiras fez um alerta de que pacientes poderiam ficar sem tratamento nos próximos meses devido à suposta demora do ministério para tornar mais ágil a produção.
Desde 2008, quando a Roche interrompeu a fabricação do medicamento, o Brasil é o único país do mundo a fornecê-lo, por meio do Lafepe, um laboratório público.
A produção vem sendo feita com base no estoque de matéria-prima adquirido da Roche. Neste ano, porém, foi fechada parceria com o laboratório privado Nortec, que desde a última semana passou a responder pela produção da matéria-prima.
Isso viabilizará a elevação da quantidade de comprimidos destinados para o exterior de 1,5 milhão para 3,4 milhões até o fim do ano - desses, 225 mil serão liberados imediatamente do estoque nacional para o Médicos sem Fronteira. Em média, o mercado interno consome cerca de 500 mil comprimidos por ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento da demanda se deve a estudos que provam que o medicamento beneficia não apenas pacientes em fase aguda, mas também aqueles assintomáticos e na fase crônica.
A doença de Chagas é uma doença infecciosa febril causada por um protozoário transmitido através das fezes do barbeiro.
Fonte Folhaonline
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