Equipe de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar (Vigiar) monitora influência do vulcão chileno sobre o Rio Grande do Sul
A presença da nuvem vulcânica sobre o Estado colocou em alerta a Secretaria Estadual da Saúde, que lançou um boletim com recomendações para pessoas mais sensíveis aos efeitos da poluição atmosférica. As orientações são destinadas especialmente a crianças, idosos e pacientes de doenças crônicas cardíacas ou relacionadas ao aparelho respiratório.
Além de lançar um alerta, a equipe de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar (Vigiar), ligada ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde, informou que seguirá monitorando a influência do vulcão sobre o Rio Grande do Sul.
Conforme o pneumologista da Santa Casa da Capital Paulo Goldenfum, as orientações divulgadas ontem são importantes para evitar possíveis efeitos do aumento da poluição no ar provocado pelo vulcão Puyehue.
— Eu mesmo, que não sou portador de doença alérgica ou doença crônica, tive irritação nas mucosas ocular e nasal nos últimos dois dias. Portadores de doenças crônicas como asma ou rinite alérgica podem ter uma irritação aumentada e desencadear crises de asma, piora da rinite ou até conjuntivite alérgica — observa Goldenfum.
Além de beber bastante água, conforme orienta o boletim da Saúde, o médico recomenda manter os ambientes úmidos, com uso de recipientes com água ou umidificadores.
— Soma-se às cinzas o fato de que estamos na primavera, que já é uma época mais propícia para problemas respiratórios devido à presença do pólen — explica o especialista.
Devido a essa combinação entre restos vulcânicos e componentes biológicos, Goldenfum relata que percebeu um agravamento na condição de saúde de alguns pacientes nos últimos dias. Ele observou que os sintomas de males como rinite e outros tipos de alergia se tornaram mais severos em algumas pessoas desde que a nuvem cinza cobriu boa parte do Rio Grande do Sul.
— Foi possível detectar essa mudança no consultório. É importante tomar precauções para não agravar a condição de saúde — afirma o pneumologista da Santa Casa.
Recomendações
Confira as orientações divulgadas pela Secretaria Estadual da Saúde para evitar problemas decorrentes da presença de cinzas na atmosfera:
:: Mantenha-se hidratado, tome pelo menos dois litros de água por dia;
:: Evite esforço físico desnecessário (principalmente os grupos mais vulneráveis à poluição atmosférica);
:: Pneumopatas e cardiopatas devem redobrar a atenção no uso de seus medicamentos de costume e seguir as recomendações médicas para que os sintomas não aumentem e a doença não se agrave;
:: Portadores de asma, rinite, broquite e enfisema devem seguir o uso de medicamentos rotineiros de controle das enfermidades para que os sintomas não aumentem;
:: As pessoas que usam lentes de contato devem ficar atentas com o maior ressecamento dos olhos;
:: Efeitos na saúde devido à exposição às cinzas provavelmente serão passageiros. Em caso de necessidade, procure atendimento em uma Unidade Básica de Saúde.
Fonte Zero Hora
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