Mais de 1,2 milhão foram beneficiados com convênios para promoção da qualidade
de vida
O número de internações entre idosos que aderiram a programas de
envelhecimento saudável de operadoras de planos de saúde caiu 70%, de acordo com
monitoramento do Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
A queda no número de internações é um dos resultados do Programa para
Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doença (Promoprev), que completou um
ano. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, pelo
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo diretor-presidente da ANS, Maurício
Ceschin.
— Essa ação muda a visão sobre atenção à saúde. Os planos são planos de
saúde, não são planos de doença — destacou o ministro.
Segundo ele, em apenas um ano, a quantidade de planos que ofereceram
programas de mudanças de hábitos de vida, como programa para largar o tabaco e
de estímulo de atividade física, aumentou em seis vezes e o número de pessoas
que participam desses programas também acompanhou o crescimento, aumentando seis
vezes.
— A forte adesão mostra que temos que criar oportunidades para que as pessoas
terem mais qualidade de vida — completou Padilha.
O Promoprev incentiva as operadoras a oferecerem serviços voltados para
promoção de qualidade de vida, como estímulo à atividade física, alimentação
saudável, prevenção do câncer, das doenças sexualmente transmissíveis, da
osteoporose, da hipertensão, da diabetes, do tabagismo e da obesidade. O balanço
de um ano do programa trouxe outros importantes resultados: a redução de 67% de
fumantes e, em apenas oito meses, a diminuição do peso corporal em 62% dos
inscritos.
As operadoras podem conceder bônus e descontos a usuários que adotam hábitos
mais saudáveis para prevenção de doenças. Algumas operadoras já ofereciam esse
serviço ao usuário, no entanto, após o incentivo houve um forte crescimento de
adeptos. No primeiro ano, o número de beneficiados cresceu quase seis vezes,
chegando a 1,2 milhão; e a adesão entre as operadoras aumentou na mesma
proporção. Antes da medida e dos incentivos, apenas 127 operadoras ofereciam
esse tipo de programa. Atualmente, são 760.
Para o diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin, o monitoramento da
Agência reforça que há uma forte diminuição de fatores de risco como tabagismo e
inatividade física.
— A expectativa de vida do brasileiro aumentou nas últimas décadas e
enfrentar as doenças crônicas é um novo desafio. Incentivar a produção no setor
suplementar é uma prioridade da ANS — afirmou Ceschin.
Hoje, 72% das mortes no Brasil são provocadas por algum tipo de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): 43% dos óbitos é provocado por doenças
cardiovasculares, 22,6% por câncer, 8% por problemas respiratórios crônicos e
6,9% por diabetes. O balanço também revela que 92% dos participantes mantêm a
pressão arterial controlada e 63% dos inscritos diabéticos mantém a glicose
dentro dos padrões de normalidade.
Fonte Zero Hora
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