Tratamento alternativo elimina completamente os sintomas e causa menos efeitos colaterais que terapia medicamentosa padrão
Injeção única de botox na bexiga é tão eficaz quanto o uso de medicamentos diários no combate à incontinência urinária em mulheres. É o que sugere estudo de pesquisadores da Duke University, nos EUA.
A pesquisa revela que o tratamento alternativo foi mais eficaz em eliminar completamente os sintomas, em especial do tipo mais severo, a chamada incontinência de urgência.
A incontinência de urgência caracteriza-se pela vontade súbita e incontrolável de urinar em meio a atividades do dia a dia, afirmam os cientistas. É mais grave do que a incontinência de esforço, distúrbio em que a pessoa urina ao fazer exercício, tossir ou espirrar, por exemplo.
"A incontinência urinária é uma condição muito comum que pode reduzir seriamente a qualidade de vida de uma pessoa. A primeira linha de tratamento é muitas vezes medicamentos orais, mas estes podem ter efeitos colaterais incômodos que levam as pessoas a interromper o tratamento", afirma o autor do estudo Anthony G. Visco.
Os cientistas avaliaram cerca de 250 mulheres com incontinência urinária. Um grupo de voluntárias recebeu medicamentos anticolinérgicos por via oral e uma injeção de solução salina diariamente, por seis meses. O outro grupo recebeu, pelo mesmo período, injeções de botox na bexiga e um remédio placebo por via oral.
Os resultados mostraram que 27% das voluntárias tratadas com a injeção de botox ficaram totalmente curadas, em comparação com 13% das que receberam remédios.
Nos dois grupos, entre as pacientes que não se curaram totalmente, houve redução similar nos episódios de incontinência. Em média no início do estudo, elas urinavam involuntariamente cinco vezes ao dia, e no final, isso foi reduzido para de uma a duas vezes ao dia.
Ambos os tratamentos tiveram efeitos colaterais. As pílulas, que atuam sobre os músculos lisos que incluem as glândulas salivares, causaram secura na boca com mais frequência, e as injeções de Botox resultaram em mais infecções urinárias.
"Este estudo tem o potencial de mudar a forma como pacientes com incontinência urinária são tratados. Os pacientes precisam mais opções do que tiveram até agora. Ambos têm suas vantagens e seus efeitos colaterais, mas ter mais opções para as mulheres seria um grande avanço", conclui Visco.
Fonte isaude.net
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