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terça-feira, 2 de outubro de 2012

‘Convenience food’ não precisa ser sinônimo de comida pouco saudável

Nutricionista dá dicas de como preparar comidas semiprontas de forma mais saudável e com um toque pessoal.
 
Sair do supermercado com vários pacotes de alimentos semiprontos, como saladas pré-lavadas, legumes pré-cozidos e macarrão instantâneo, é uma cena cada dia mais frequente. A falta de tempo tem feito que a praticidade seja um quesito primordial na hora da compra.
 
Estudos mostram que, na década de 80, o brasileiro gastava em torno de duas horas por dia para preparar as refeições e que, hoje, o tempo médio caiu para 20 minutos. O consumo de massa instantânea, produto que leva três minutos em água fervente para ficar pronto, é um bom exemplo. De acordo com os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima) – representante das indústrias de massas alimentícias, pães e bolos industrializados –, o consumo desse tipo de massa aumentou 13% nos últimos cinco anos.
 
Outro estudo feito pelo Departamento do Agronegócio (Deagro), junto com o Ibope, mostrou que 34% do total dos brasileiros acabam priorizando a conveniência e a praticidade dos alimentos semipreparados em resposta às necessidades do cotidiano apressado e ao pouco tempo que dispõem. Essa porcentagem corresponde ao público que trabalha em tempo integral e, por isso, adere a pratos congelados e semiprontos. A pesquisa foi feita em nove capitais brasileiras e se baseou em 1.512 entrevistas, com pessoas acima de 16 anos.
 
Dicas que podem fazer as refeições mais saudáveis
A nutricionista Márcia Terra, especialista em nutrição clínica pelo ICHC/USP, diz que é possível aliar comida instantânea ou pronta à saúde. De acordo com ela, tudo depende dos ingredientes e da forma de preparo. “A comida feita em casa pode até ser menos saudável do que a comprada pronta, devido ao sal adicionado, um grande vilão utilizado nas preparações como arroz e feijão”.
 
Segundo Marcia, o fast-food (ou “comida rápida”) sempre foi sinônimo de alimento pouco saudável, mas isto está mudando. “Existe uma infinidade de tipos de refeições rápidas, desde sanduíches, pratos liofilizados (desidratados), enlatados até pratos prontos congelados. A comida de conveniência foi desenvolvida para ser preparada com rapidez e assim se encaixar no modo de vida do consumidor do século XXI. Desde a embalagem até a forma de preparo, tudo é pensado para facilitar a vida”. O importante é saber que muitos destes pratos podem ser finalizados em casa, dando aquele toque pessoal à sua preparação.
 
 
Márcia preparou uma sugestão de cardápio rápido para uma refeição nutritiva. A seguir, as dicas da nutricionista:
 
• No supermercado: compre um saquinho de verdura lavada e tomates. Na sessão de congelados, escolha legumes como cenoura, ervilha e milho. Pegue um requeijão light, azeite, frutas ou sorvete. Na sessão de massas, escolha uma massa instantânea com fibras.
 
• Em casa: coloque duas panelas de água para ferver. Em uma coloque o macarrão instantâneo e cozinhe, na outra, coloque os legumes congelados e deixe ferver até ficarem tenros. Escorra os dois e reserve.
 
Em uma panela maior, coloque azeite, alho amassado, cebola picada e refogue. Junte algumas colheres de requeijão e misture. Acrescente os legumes e, por último, o macarrão. Tempere com sal e pimenta a gosto. De entrada sirva uma salada de folhas verdes com tomates; como prato principal, o macarrão com legumes; e de sobremesa, frutas ou sorvete.
 
Viu como é fácil fazer uma refeição prática e saudável? Basta fazer combinações e usar a convenience food a seu favor. Família e amigos agradecem, porque todos ganharão tempo e saúde.
 
Fonte O que eu tenho

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