Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria
que cria o Programa de Mamografia Móvel. Padilha aponta a desigualdade de acesso
à mamografia como uma grande preocupação das políticas públicas e aponta as
unidades móveis como uma forma de melhorar o acesso da população feminina mais
pobre a serviços de prevenção.
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais atinge as brasileiras. A
estimativa é que, em 2012, cerca de 52 mil mulheres vão ter o diagnóstico dessa
doença. No Brasil, a população feminina de cerca de 260 municípios com mais de
100 mil habitantes tem dificuldade de acesso ao exame de mamografia. A faixa
prioritária para o exame é entre 50 e 69 anos, mas a mamografia deve ser feito
por todas as mulheres a partir dos 40 anos.
De acordo com Maira Callefi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) o exame é essencial para a detecção do câncer de mama em seu estágio inicial. “Estágio zero é aquele em que aparecem apenas pequenas microcalcificações, o que somente a mamografia detecta. Por isso é tão importante a mamografia de rotina”, afirmou.
Segundo Maira Callefi, no chamado estágio um, os tumores têm até 2 centímetros,
sem envolvimento com a axila. “É um problema para o autoexame. Nesses estágios,
há 95% de chances de cura”, explica, ressaltando a importância da mamografia
para o diagnóstico precoce.
A presidente da Femama informa que 12 mil mulheres morrem, anualmente, de
câncer de mama.
Maira ainda ressalta que apenas 20% das mulheres são diagnosticadas ainda nos primeiros estágios da doença, em que há 95% de chances de cura. Ela ainda aponta o tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que no Brasil demora 180 dias, como entrave para a cura. “O ideal seria, no máximo, 30 dias”, diz Maira.
Maira ainda ressalta que apenas 20% das mulheres são diagnosticadas ainda nos primeiros estágios da doença, em que há 95% de chances de cura. Ela ainda aponta o tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que no Brasil demora 180 dias, como entrave para a cura. “O ideal seria, no máximo, 30 dias”, diz Maira.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc),
Anderson Silvestrini, quando o câncer de mama é detectado tardiamente, as
chances de sobrevivência das mulheres caem para 30%.
O programa vai liberar Unidades Oncológicas Móveis que percorrerão locais
estratégicos dos municípios e estados que se cadastrarem para receber o serviço.
O financiamento das unidades móveis será compartilhado entre o governo federal,
os estados e municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, os exames feitos nessas unidades serão
enviados via satélite para um estabelecimento de saúde para que um médico
especialista avalie e dê o resultado em até 24 horas.
Esta ação do Ministério da Saúde faz parte da programação do movimento Outubro Rosa, uma ação internacional que estimula a
participação da sociedade nas questões relativas ao câncer de mama.
Fonte Agência Brasil
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