Rio de Janeiro - Na data em que é comemorado o Dia Internacional do Idoso,
foi inaugurado ontem (1º) no Rio de Janeiro, o Centro de Estudo e Pesquisa do
Envelhecimento (Cepe Pró-Idoso), na Gávea, zona sul da cidade. A instituição faz
do estado a referência nacional no atendimento a pacientes com mais de 60 anos
de idade com algum tipo de fratura, como a de fêmur, a mais comum entre pessoas
dessa faixa etária.
O número de pessoas com mais de 60 anos deve ultrapassar a marca de 1 bilhão
em dez anos, de acordo com estudo divulgado pelo Fundo de População das Nações
Unidas (Unfpa, na sigla em inglês). Especialistas cobram
políticas públicas para esse grupo etário.
Segundo informações do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único
de Saúde (SUS), a taxa de internação por quedas em pacientes acima de 60 anos
chegou a 24,7% em 2010. Em 2008, as internações de idosos eram 19,27% do
total.
Inaugurado oficialmente agora, mas em funcionamento desde abril deste ano, o
Cepe, gerenciado pelo Instituto Vital Brazil (IVB), já realizou cerca de 1.500
consultas e 75 eventos científicos, no qual participaram mais de mil
profissionais da área de saúde.
“Este centro aqui se torna um polo do conhecimento da terceira idade, da
geriatria, no sentido amplo”, ressaltou o governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele
anunciou que, até 2013, serão investidos R$ 5 milhões da Fundação de Amparo a
Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) para a realização de pesquisas na área da
terceira idade.
Com a inauguração, os pacientes atendidos na rede pública de saúde estadual
serão encaminhados ao centro. A intenção é diminuir o tempo médio de internação
de dez para quatro dias. Após a alta, os pacientes passarão a receber
atendimento domiciliar, sendo acompanhados por uma equipe multidisciplinar com
enfermeiros, assistentes sociais e fisioterapeutas.
Durante a solenidade, foi anunciada ainda uma parceria publico-privada entre
o Hospital São Francisco, na Tijuca, na zona norte, e a Secretaria de Estado de
Saúde, que vai reformar o centro cirúrgico da unidade e criar 20 leitos de
enfermaria e cinco leitos de centro de tratamento intensivo (CTI), além de
reforçar o quadro de médicos com dez ortopedistas e cinco anestesistas, criando
assim o centro de traumatologia.
De acordo com o secretário de estado de Saúde, Sérgio Cortes, o estado do
Rio, é o segundo do país com o maior número de idosos, perdendo apenas para o
Rio Grande do Sul. Cortes lembrou que, com o aumento da longevidade, em 2025, o
Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de idosos.
“O aumento da longevidade vem associado ao aumento das doenças crônicas. Isso
implica o aumento das internações e das consultas. O objetivo é pensar este novo
desafio e neste novo paradigma a vencer”, declarou.
Fonte Agência Brasil
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