Mecanismo influi até a provável hora do dia em que uma pessoa irá morrer.
Estudos anteriores já apontavam relação entre genes e ritmo circadiano.
Uma pesquisa publicada nesta semana nos Estados Unidos identificou, pela primeira vez, uma variação genética responsável pela tendência que todo ser humano tem de preferir trabalhar de dia ou à noite, de dormir tarde ou acordar cedo.
Essas preferências são definidas pelo chamado ritmo circadiano, popularmente chamado de "relógio biológico". O estudo publicado pela revista científica “Annals of Neurology” mostrou que esse mecanismo é influenciado pela característica dos genes próximos a uma região do DNA conhecida como “Período 1”.
Pesquisas anteriores feitas tanto com gêmeos idênticos, quanto também com animais, já indicavam para uma grande probabilidade de que o relógio biológico fosse regulado por fatores genéticos. O novo estudo confirma essa hipótese.
O levantamento foi feito com um grupo de 1,2 mil pessoas na faixa de 65 anos que inicialmente participavam de uma investigação sobre o mal de Alzheimer. O trabalho colheu dados sobre os padrões de sono e sobre o genoma dos participantes, o que permitiu também fazer uma análise voltada ao relógio biológico.
Como uma parte dos voluntários desse estudo já haviam morrido, a equipe do Centro Médico Beth Israel Deaconess, ligado à Universidade Harvard, ao analisar seus dados, descobriu que esse mecanismo regula, inclusive, a hora do dia em que uma pessoa provavelmente pode morrer.
"O 'relógio biológico' interno regula muitos aspectos da biologia e comportamento humanos, como os horários preferidos para dormir, os momentos de pico de desempenho cognitivo, e a incidência de muitos processos fisiológicos. Ele também influencia o momento de eventos médicos agudos, como derrames e infartos", explica o autor principal Andrew Lim, em comunicado do centro médico.
Fonte G1
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