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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Greenpeace condena Zara por uso de produtos perigosos em peças

Outras grandes marcas como Puma, Adidas, Nike, H&M,
Marks and Spencer e Li-Ning já se comprometeram a não usar
qualquer substância perigosa em seus produtos
Estudos revelaram a presença de etoxilatos de nonilfenol, suspeitos de afetar a reprodução humana e incidir em certos tipos de câncer
 
O grupo ambientalista Greenpeace realizou neste sábado (24) uma série de "ações de sensibilização" em frente a lojas da marca espanhola Zara, como parte de uma campanha contra o uso de substâncias perigosas nos tecidos de suas peças.
 
O Greenpeace organizou manifestações em frente às lojas da Zara em França, Alemanha, Espanha, Suécia e México para denunciar o uso de produtos tóxicos nos tecidos usados pela marca, e a falta de compromissos da empresa com relação ao tema, informou a ONG em Paris.
 
Militantes da organização simularam desfiles de moda, com modelos usando máscaras de proteção contra produtos químicos. Apenas na França foram feitas estas manifestações em frente a 19 lojas da Zara, inclusive a situada na avenida Champs Elysées.
 
Na cidade de Toulouse, 20 manifestantes do Greenpeace exibiam cartazes que denunciavam a "Zara Tóxica". Em Nice, um grupo de manifestantes exibia máscaras de proteção e cartazes onde se lia "Tóxico". Nadine Kerdat, militante do Greenpeace em Nice, explicou:
 
— Decidimos atacar a Zara porque é uma das principais marcas de moda prêt-à-porter na França. C&A e Marks and Spencer já limparam sua cadeia produtiva e é o momento de a Zara limpar a sua.
 
Enquanto isso, em Lyon, um grupo de militantes organizou o desfile de "moda tóxica" em frente à loja da Zara na praça Bellecour, diante de uma multidão de curiosos.
 
Estudo
O dia de protestos ocorre depois da publicação de um informe do Greenpeace initulado "A face tóxica da moda", em que o organismo revela o resultado de análises feitas com peças das maiores marcas mundiais.
 
Esses estudos revelaram a presença de etoxilatos de nonilfenol, produtos considerados suspeitos de afetar a reprodução humana e incidir em certos tipos de câncer.
 
A Zara respondeu ao estudo, informando na sexta-feira que "deseja" cessar todo uso de substâncias perigosas em suas peças.
 
O Greenpeace, no entanto, considerou a resposta "insuficiente" e pediu à marca que "adote um compromisso confiável e ambicioso para parar de usar estas subsâncias químicas perigosas".
 
O serviço de imprensa da Zara na Espanha não pôde ser localizado no sábado.
 
Segundo o Greenpeace, outras grandes marcas como Puma, Adidas, Nike, H&M, Marks and Spencer e Li-Ning já se comprometeram a não usar qualquer substância perigosa em seus produtos.
 
Fonte R7

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