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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Final do ensino médio é época sensível para adolescentes

 
O estresse nos jovens tem aumentado gradualmente nos últimos anos, devido a diversos fatores.
 
Pesquisas no mundo inteiro apontam nesse sentido. Mas os jovens que estão nos últimos anos do ensino médio têm ainda outros problemas a enfrentar (ou a somar): a pressão para escolher uma carreira – para aqueles que querem fazer faculdade – ou para se aventurar em um emprego – que pode ou não se transformar em uma profissão.
 
Um estudo feito por pesquisadores da Suécia com dados coletados em países como Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido mostrou que as taxas de estresse entre os jovens, principalmente na faixa a partir dos 15 anos – idade em que esses indivíduos começam a se preocupar com o futuro – cresceram. Para esses pesquisadores, esses problemas estão relacionados com as tendências de mercado para o público jovem, que ainda não está preparado para entrar no mercado de trabalho, mas também não se sentem confortáveis em serem tratados ainda como crianças, no que diz respeito a depender dos pais para suporte financeiro.
 
Iniciação da vida adulta
“A etapa do final do ensino médio pode trazer muita angústia. Além de ser o fechamento de uma longa vida escolar, é também a abertura para diversas possíveis novidades”, diz Leo Fraiman, psicoterapeuta especializado em psicologia educacional.
 
“Nesse processo de mudança, é muito comum que os jovens se sintam pressionados a escolher a profissão ou conseguir um trabalho”, afirma. Além disso, diz Fraiman, existe hoje uma falta de referências seguras sobre quais as carreiras que tendem a abrir mais oportunidades de trabalho, por exemplo. Há também uma grande desilusão com o mundo adulto em geral (e em se tornar parte dele), e soma-se a isto uma pressão por competitividade pelo sucesso, o que gera essa angústia ou ansiedade e contribui para o estresse e a depressão.
 
Existem ainda mais fatores que podem contribuir para a piora do quadro. Um deles é a diminuição da sensação de competência (neste caso, a pessoa pensa que não é competente, não é capaz, não vai conseguir realizar seus planos) e um aumento exagerado e desnecessário da sensação dos danos e riscos que poderiam ocorrer caso não se atinja uma meta traçada ou idealizada. “Alguns adolescentes têm pensamentos como: ‘se eu não passar dessa vez no vestibular, vai ser o fim do mundo’”, diz Fraiman.
 
Ajuda dos pais é importante para enfrentar a nova fase
Para evitar esse processo de estresse generalizado é necessário que os jovens e seus pais estejam atentos aos sinais exteriorizados pelo corpo. “Existem alguns sinais em pessoas que estão estressadas, tais como dificuldade de concentração, irritabilidade excessiva, falhas de memória, apatia, tensão muscular, dores de cabeça, dores de estômago e taquicardia” elenca Fraiman. No caso da ansiedade, os sintomas mais comuns são fadiga, insônia, falta de ar, confusão mental, dores no peito, boca seca, mãos úmidas, problemas gastrointestinais, entre outros.
 
Existem ainda casos extremos, aponta o psicoterapeuta: há meninas que apresentam a interrupção da menstruação e, em ambos os sexos, há a recorrência de enxaqueca, distúrbio do sono, distúrbios severos de pele, comportamentos que podem gerar o alcoolismo e até o abuso de drogas.
 
Para que tudo isso não termine em problemas mentais mais sérios e duradouros, é necessário atenção e apoio. “É preciso que se tenha algum espaço na agenda para relaxar com esporte, lazer, sono e alimentação adequada” sugere Leo Fraiman.
 
Os pais podem ajudar se aproximando de seus filhos, demonstrando um real e sincero interesse em conhecê-los, orientando-os, mostrando compreensão pelo momento de vida que estão passando, ajudá-los a persistir e não aceitar que desistam sem tentar.
 
“Deve-se evitar pressionar por resultados e fazer comparações com os outros adolescentes do círculo de amizade ou outras atitudes que podem gerar mais ansiedade e estresse”. E o mais importante para os pais: além do vestibular ou do mercado de trabalho, há muito mais a ser conversado em casa.
 
Fonte O que eu tenho

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