Com tantos médicos levando seus smartphones e tablets para o trabalho e com violação de dados de pacientes sendo noticiada o tempo todo, os gerentes de TI precisam tomar decisões acertadas
De todos os problemas que mantêm os gerentes de TI acordados à noite, é difícil encontrar um mais vexatório do que o gerenciamento de dispositivos móveis. Uma pesquisa recente de prestadores de saúde torna isso dolorosamente óbvio.
As preocupações com segurança e gerenciamento estão no topo da lista de muitas organizações, segundo o relatório da KLAS. O estudo, “Mobile Healthcare Applications: Can Enterprise Vendors Keep Up?” (Aplicativos de Saúde Móvel: Os fornecedores conseguem se manter atualizados?) , questionou 105 pessoas, a maioria de cargo de chefia, sobre seu uso de tecnologia móvel em hospitais e descobriu que manter a segurança do uso de dispositivos pessoais por meio de software MDM (Mobile Device Management – Gerenciamento de dispositivos móveis) é uma das maiores preocupações.
Quando os executivos foram questionados se suas organizações buscam promover a segurança dos dados por meio de dispositivos pessoais usados no trabalho, a criptografia de dados foi a resposta número um. A MDM foi a número dois, o quê, segundo Eric Westerlind, autor do relatório, é revelador. Como o uso da criptografia já é generalizado, o alto interesse em MDM é promissor.
“(Os provedores) estão preocupados em garantir que os tablets são seguros e isso é difícil porque ele é um dispositivo pessoal. O que é instalado não pode ser muito intrusivo e às vezes isso pode ser um problema com MDM. Mas quando se lida com informações de pacientes, qualquer coisa que contenha dados cobertos pela Hipaa precisa ser seguro e esses dispositivos precisam ter a função de eliminação de dados”.
Ken Kleinberg, um consultor de saúde em TI para o Advisory Board, disse ao InformationWeek Healthcare que os sistemas operacionais de dispositivos móveis têm melhores recursos de segurança do que os sistemas Windows encontrados em hospitais. Mas ele enfatiza que ainda assim, os hospitais precisam de uma forte política de segurança Byod, incluindo ferramentas de gerenciamento de aplicativos móveis: “Não é somente controlar a configuração no dispositivo; também é preciso controlar qual aplicativo pode ser carregado no dispositivo”.
A equipe de TI do hospital pode dar aos médicos uma lista dos aplicativos proibidos, Kleinberg observou. Se o médico quer usar um leitor de documento, por exemplo, o hospital deve sugerir qual. Se quiser usar um calculador de dose de medicação, a área de TI deve sugerir três aplicativos e disponibilizá-los em seu servidor de aplicativos.
Durante entrevistas com inúmeros profissionais de TI ficou óbvio que quando a conversa se volta para o MDM, apenas um modelo não se adequa a todos os locais. Em vez de escolher um produto MDM, o Beth Israel Deaconess Medical Center tem por enquanto “ajustada uma política de segurança reforçada por meio do Exchange ActiveSync”, explicou o CIO, John Halamka. “É bem provável que estejamos abrangendo a maioria, se não todos, os Byods que acessam os recursos do Bidmc, já que o e-mail é de longe o aplicativo mais usado. Não temos outros aplicativos que foram personalizados para serem executados em tablets e smartphones. Nossos aplicativos são nativos para a rede, então a habilidade para instalar e gerenciar aplicativos móveis não é algo que encaramos como um problema”.
Para esses provedores de saúde que exigem aplicativos móveis nativos para seus médicos, vários fornecedores oferecem plataformas MDM para lidar com as ameaças de segurança.
Bob DeLisa, presidente do Cooperative Systems, uma empresa de consultoria e suporte de TI, dá alguns conselhos ao escolher um sistema. Ele diz aos clientes para escolherem uma ferramenta MDM, tirando como base “a idade e escalabilidade de sua infraestrutura atual”. DeLisa diz para avaliar a Meraki, por exemplo, quando for fazer uma atualização de infraestrutura e soluções com base no servidor como Good, MobileIron ou BoxTone, se foram recentemente atualizados.
Muitos hospitais e clínica preferem instalar uma solução Byod especialmente personalizada, mas aqueles que preferem usar um fornecedor MDM devem pesar uma longa lista de problemas.
Entre esses problemas técnicos, estão:
- Qual sistema operacional móvel você precisa dar suporte?
- Você planeja hospedar o sistema MDM em sua rede?
- Qual sistema de e-mails seus médicos usam e ele será compatível com a ferramenta MDM?
- O software MDM ainda o deixará em conformidade com a Hipaa?
- Quais são as capacidades de bloqueio e eliminação do software?
- Você usará a ferramenta MDM para entregar outros aplicativos que os médicos insistem em usar para gerenciar os pacientes?
Muitas dessas questões são sublinhas em um Buyer’s Guide (Guia do Comprador) da Avema Critical Wireless.
George Brenckle, CIO da UMass Memorial Healthcare, tem uma abordagem diferente para Byod. Ele prefere se focar no gerenciamento de dados em vez do gerenciamento dos dispositivos, que é a uma das razões para o UMass ter trocado para uma abordagem de desktop virtual. Com todos os dados dos pacientes no servidor do hospital, não há risco de violações por iPads ou laptops roubados ou perdidos.
E sobre produtos comerciais MDM? Brenckle diz que o desafio é tentar se manter um passo à rente do ecossistema de dispositivos móveis, que muda rapidamente: “Você investe em uma dessas ferramentas MDM e ela está funcionando bem; de repente um novo tablet ou smartphone chega ao mercado e a ferramenta não está pronta para gerenciá-lo”.
A moda Byod não vai acabar – e por que iríamos querer isso? Ela ajuda os médicos a atenderem melhor, acelera o cuidado ao paciente e sem dúvidas já salvou vidas em inúmeras ocasiões. Uma vez que encontra-se a correta solução de TI, as noites de sono serão recuperadas.
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web.
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web.
Fonte SaudeWeb
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