Nova técnica permite que o organismo repare naturalmente a visão danificada por acidente ou por doença
Engenheiros da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram uma nova técnica que permite entregar a terapia com células-tronco diretamente no olho de pessoas com lesão na córnea.
A pesquisa indica que a abordagem pode ajudar no reparo natural da visão danificada por acidente ou doença.
Usando uma combinação de técnicas conhecidas como micro estereolitografia e eletrospinning, os investigadores conseguiram criar um disco de material biodegradável que pode ser fixado sobre a córnea. O disco é carregado com células-tronco que então se multiplicam, permitindo que o organismo cure o olho naturalmente.
"O disco tem um anel externo contendo bolsos em que as células-tronco retiradas do olho saudável do paciente podem ser colocadas. O material no centro do disco é mais fino do que o anel, de modo que irá de degradar mais rapidamente permitindo que as células estaminais se proliferem por toda a superfície do olho para reparar a córnea", explica Ílida Ortega Asencio.
Uma característica fundamental do disco é que ele contém nichos ou bolsas para abrigar e proteger as células-tronco, espelhando nichos encontrados ao redor da borda de uma córnea saudável. O tratamento padrão para a lesão da córnea é o transplante de córnea ou o enxerto de células-tronco sobre o olho usando doador a membrana amniótica humana para a entrega temporária dessas células estaminais.
Para alguns pacientes, o tratamento pode falhar depois de alguns anos já que os olhos tratados não mantêm essas células-tronco, que são necessárias para a reparação da córnea. Sem esta reparação constante, um tecido cicatricial branco espesso se forma através da córnea provocando perda de visão parcial ou completa.
Os investigadores conceberam as pequenas bolsas que se acumulam na membrana para ajudar as células a se agruparem e atuarem como um reservatório útil de células filhas de modo que uma população saudável de células estaminais possa ser mantida no olho.
"Testes de laboratório mostraram que as membranas irão apoiar o crescimento das células, de modo que o próximo passo é testar a abordagem em pacientes na Índia. Uma das vantagens do nosso projeto é que fizemos o disco a partir de materiais já em uso como suturas biodegradáveis, assim sabemos que isso não vai causar um problema no organismo", conclui a pesquisadora Sheila MacNeil.
Fonte isaude.net
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