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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Telemedicina: os médicos se sentem confortáveis com ajuda remota?

Pesquisa realizada pelo Ryder Trauma Center, nos EUA, mostra que apenas 2% dos profissionais não gostam da prática. Unidade faz uso da tecnologia para discutir casos de trauma por vídeo conferência com a Força Aérea e médicos de outros países
 
Com início no século 20, a telemedicina traz inúmeras oportunidades e vantagens tanto para o paciente quanto para o médico, mas até que ponto os profissionais que fazem uso dessa tecnologia se sentem confortáveis com outro médico os ajudando remotamente? De acordo com o coordenador e diretor de Telemedicina do Ryder Trauma Center, Antonio Marttos, apenas 2% não gostam da prática.
 
A pesquisa, realizada internamente na unidade de Miami, também revela que mais de 60% dos médicos que oferecem suporte remoto se sentem confortáveis com a situação e assumem acessar a rede 3G com grande facilidade sempre que são requisitados, até mesmo em locais como restaurantes e trânsitos.
 
“Se você tiver remotamente um médico treinado o nível de percepção será muito próximo do que se este profissional estivesse na unidade hospitalar”, diz Marttos. Além dele, outros tantos brasileiros chefiam determinadas áreas do segundo maior centro especializado em traumatologia nos Estados Unidos.
 
A telemedicina, considerada um dos pontos fortes do centro, teve início na unidade há seis anos após ideia de testar o efeito de uma câmera em um carrinho móvel, que circulasse por todo o hospital. O experimento deu dão certo, que segundo Marttos, hoje a equipe conta com uma estação de controle da telemedicina, onde todos os profissionais se reúnem para discutir o prontuário do paciente recém-cuidado. “Isso fez com que diminuíssemos a infecção hospitalar em mais de 50%”, revela.
 
Além disso, Marttos conta que às sextas-feiras o corpo clínico reserva um tempo para avaliar casos de trauma por vídeo conferência com a Força Aérea e outros profissionais especializados de países como Canadá, Panamá, República Dominicana, entre outros.
 
“Com esse tipo de reunião, discutimos traumas de vários tipos, desde acidentes automobilísticos a explosões. E ainda, podemos discutir traumatismo de todos os órgãos possíveis. É uma forma interessante de conectar os grupos, estejam eles na selva, remoto, no hospital ou qualquer outro lugar.”
 
Marttos destaca que o centro também testou soluções diferentes e viram a possibilidade de fazer triagem de telemedicina em catástrofe. “Para minha surpresa a triagem realizada no local do acidente teve 10% de erro, enquanto a de telemedicina não teve nenhum”, revela.
 
Ryder Trauma Center
Inaugurado em 1992, o hospital nasceu da necessidade de um centro de traumas. Com 3.200 leitos, 86 salas cirúrgicas, seis salas de ressuscitação e o UTI de 25 leitos para queimados, o centro realiza 5 mil atendimentos por ano atendimentos por ano.
 
De acordo com Marttos, o exército americano escolheu o Ryde Trauma Center para treinar seus médicos. Há 11 anos, as equipes selecionadas para ir ao Iraque reservam dias no hospital para se qualificar e atuar como equipe. “Além disso, temos mais de mil residentes, muitas parcerias e US$ 25 milhões para pesquisa avançada”, conta.
 
Fonte SaudeWeb

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