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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Prevenindo o câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero no Brasil, diferente de outros países, tem grande incidência na população feminina, talvez perdendo somente para o câncer de mama. Mas a prevenção é simples e para a população mais jovem há ainda a possibilidade de imunização contra o HPV, que diminuiria ainda mais sua incidência.
 
“Diferente de outros tipos de câncer ginecológicos, o câncer de colo de útero é prevenível, ou seja, apenas com o diagnóstico precoce já seria possível minimizar os problemas que ele causa, sem precisar fazer cirurgias para a retirada do órgão, por exemplo”, explica Celso Luiz Borreli, médico ginecologista e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).
 
No caso do câncer de mama, por exemplo, também é possível para fazer o diagnóstico precoce, mas os exames são muito mais complexos, explica o especialista. No caso do câncer de colo de útero os exames para identificá-lo são simples e menos invasivos.
 
“Algumas mulheres têm predisposição genética. Identificar isso através do histórico familiar, seria importante. Identificando desde cedo um possível problema é possível fazer o tratamento antes que ele comprometa as células mais profundamente, o que traria benefícios para a paciente”, diz Borreli.
 
“Além da disposição genética, é necessário que todas as mulheres, a partir da iniciação sexual ou após os 23 anos, façam o exame de Papanicolau. Dessa forma colhe-se material do colo uterino e estuda-se para identificar ou não algum tipo de célula atípica, que pode indicar o câncer”, detalha.
 
Esse diagnóstico de prevenção é o mais recomendado, de acordo com o especialista. Além disso, após os 30 anos outro exame também pode identificar a doença.
 
“Recomenda-se fazer a partir dos 30 anos fazer um teste do DNA do Papiloma Vírus Humano (ou HPV). A presença do HPV é indicativo de maior risco para desenvolver o câncer do colo do útero, pois pode gerar diversas infecções ao longo da vida e aumenta a possibilidade desse tipo de câncer, o que não quer dizer que ele é determinante para a condição. Mas é necessário acompanhar o problema para ver se ele vai ou não evoluir”, aponta Borreli.
 
Mais recentemente o combate ao câncer de colo de útero ganhou mais um aliado. A vacina contra o HPV, que diminui bastante a possibilidade dessa doença vir a se desenvolver.
 
“A prevenção primária é a imunização com vacinas de meninos e meninas na faixa de idade escolar, por volta dos 10 anos de idade, antes do início da vida sexual. Vacinados eles têm o risco para o câncer de colo de útero diminuídos radicalmente, apesar da persistência do componente genético”, completa.
 
Fonte O que eu tenho

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