Critérios serão cobrados de instituições credenciadas ao projeto Amigos da
Criança para manutenção do título
A partir de 2013, hospitais credenciados ao projeto Amigos da Criança devem
cumprir os princípios das boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento,
determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para continuarem com o
título. A norma, conhecida como Cuidado Amigo da Mãe atende ainda às prioridades
do Ministério da Saúde, recomendadas na estratégia da Rede Cegonha.
As boas práticas incluem a garantia de acompanhante à gestante, respeito à
privacidade da mulher e à liberdade de movimentar-se e alimentar-se durante o
trabalho de parto e de escolha da posição do parto. Além disso, possibilitam a
redução do uso rotineiro de intervenções desnecessárias, como a realização de
cesariana sem indicação precisa. A ideia é incentivar cada vez mais a
humanização do parto e do momento entre mães e bebês. Essas mudanças serão
publicadas no próximo ano em substituição à Portaria nº 8 de 2011, que
estabelece as normas para o processo de credenciamento do Hospital Amigo da
Criança integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao ser reconhecido com o título Hospital Amigo da Criança, esses
estabelecimentos se tornam referência em amamentação para seu município, região
e Estado. Nessas unidades, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da
amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices
de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a mortalidade materna
e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa
habilitação.
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi criada em 1990 pela OMS e
pelo Unicef com o objetivo de resgatar o direito da mulher de aprender e
praticar a amamentação com sucesso. Nos últimos 20 anos essa iniciativa tem
crescido, contando atualmente com mais de 20 mil hospitais credenciados em 156
países, incluindo o Brasil, que conta com 315 Hospitais Amigos da Criança.
Cuidados Amigos da Mãe
Incentivar que as mulheres tenham acompanhantes de sua escolha para
oferecer apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se
desejarem.
Permitir que as mulheres bebam e comam durante o trabalho de parto.
Incentivar as mulheres a levarem em consideração o uso de métodos não
medicamentosos de alívio da dor, exceto analgésicos ou anestésicos necessários
devido a complicações, respeitando as preferências pessoais das mulheres.
Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de
parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a menos
que haja restrição em virtude de complicações, e, que isso seja explicado à
mulher.
Assegurar cuidados que não envolvam procedimentos invasivos, tais como
rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos
instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de complicações,
e, que em caso de necessidade de utilizá-los, que seja explicado à mãe.
Fonte Zero Hora
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