Por ano morrem no mundo 2,5 milhões de pessoas por complicações causadas pelo álcool |
O site foi lançado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com outros três
países e duas universidades brasileiras. A saúde eletrônica é o uso da
tecnologia digital para oferecer serviços como arquivos eletrônicos de
pacientes, telemedicina, dados de consumo de medicamentos, equipes de saúde
virtuais e dispositivos móveis para coletar e acessar dados do paciente.
De acordo com a chefe do departamento de Psicobiologia da Unifesp, Maria
Lucia Formigoni, o uso abusivo do álcool pode acarretar diversos problemas, como
cirrose hepática, anemias, hipertensão, câncer de vários tipos, doenças
neurológicas e malformações de feto. Por ano morrem no mundo 2,5 milhões de
pessoas por complicações causadas pelo álcool. Maria Lucia destacou que as
pessoas têm começado a beber cada vez mais cedo e é justamente esse público que
o site quer priorizar.
“O programa contido no site é para todos e gratuito, mas queremos
chamar a atenção dos mais jovens, que usam o computador e as redes sociais com
frequência e que não querem ficar estigmatizados, por isso não procuram ajuda
profissional. Atualmente, temos campanhas de prevenção e projetos de tratamento,
mas nada que busque as pessoas nessa faixa intermediária que é a de quem está
começando a beber”, disse.
Sem precisar se identificar, o usuário de álcool responde a um questionário
que vai determinar qual o estágio em que está. Dependendo do resultado, é
encaminhado ao programa de auto-ajuda, que tem duração de seis semanas. O
programa exige que o próprio usuário responda sobre vantagens e desvantagens de
continuar a beber, seus gostos e frequência com que bebe, e apresenta gráficos
com esses dados e metas, para que ele diminua ou pare com a bebida.
“A proposta é que a pessoa entre sempre no site para interagir e ver
como está. Também é possível interagir com outros atendidos e trocar
experiências por meio de um fórum moderado por um profissional da saúde. Há
ainda informações para familiares sobre como lidar com a situação, explicações
para os pais sobre como abordarem e orientarem os filhos”.
Maria Lucia falou ainda que não é preciso ser médico ou profissional da saúde
para utilizar o site e que na Holanda, onde começou a ser usado, foi
verificada uma redução de 17% no consumo e um aumento de quatro vezes nas
chances de parar definitivamente de beber. “O site se adapta a
situações culturais e hábitos de cada país”. O portal está em fase de avaliação
e teste, mas a expectativa é que esteja funcionando plenamente no início do ano
que vem.
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário