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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Magreza excessiva de Angelina Jolie alerta para abuso de emagrecedores e distúrbios alimentares

Atriz estaria tomando pílulas que misturam anfetamina com um fitoterápico


Que as celebridades não poupam recursos — tampouco sua saúde — para ficar em forma, não é novidade. Porém, uma das musas do cinema hollywoodiano, Angelina Jolie, teria passado da conta: segundo informações da revista americana National Enquired, a atriz está em um severo regime de restrição alimentar, e para controlar sua fome, tem tomado pílulas que misturam anfetamina com um medicamento à base de um vegetal chamado Hoodia Gordonii. Com 1,73 de altura, a mulher de Brad Pitt estaria com 43 quilos, 15 a menos do que o recomendado para sua estrutura física.

Para quem nunca ouviu falar, o extrato desta planta, de origem africana, tem sido usado como inibidor de fome, mas não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em fevereiro de 2007, a agência determinou a proibição da manipulação de todos os medicamentos à base de Hoodia Gordonii, pois estudos científicos não constataram a sua eficácia e segurança.

Procurados para quem luta contra a obesidade, os suplementos dito "milagrosos" — muitos deles vendidos pela internet — não são vistos com bons olhos pelos médicos. Para o endocrinologista Márcio Mancini, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), o tratamento da obesidade exige remédios com eficiência clinicamente comprovada.

— O indivíduo que come por ansiedade deve tratar em primeiro lugar a sua compulsão — exemplifica Mancini.

Os chamados "fitoterápicos", feitos a partir de plantas medicinais, podem ser consumidos na forma de medicamentos — pílulas com o princípio ativo das substâncias — ou na alimentação. Porém, o uso dessas substâncias também não pode ser indiscriminado. Assim como os remédios químicos — alopáticos —, eles trazem efeitos colaterais, como arritmias cardíacas.

— Não existe planta milagrosa ou planta tóxica, existe planta mal empregada — afirma Sérgio Tinoco Panizza, do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF/SP).

Para o farmacêutico, quem precisa perder peso deve procurar especialistas, incluindo endocrinologista, nutricionista e psiquiatra.

— Os fitoterápicos, assim como os remédios alopáticos, não devem ser mais que coadjuvantes — sentencia.

Fonte Zero Hora

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