A saída de médicos do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, para a nova unidade de Loures – que abre ao público em Janeiro de 2012 –, obriga ao fecho antecipado do serviço de urgência daquela unidade.
Ainda este mês, a partir do dia 27, os doentes urgentes passam a ser assistidos num hospital que já se debate com graves problemas de falta de médicos e excesso de doentes, o São José.
Também os doentes urgentes com problemas de ossos (ortopedia), mentais (psiquiatria) ou com outros problemas de doença crónica (medicina interna) serão assistidos no São José, segundo o Ministério da Saúde.
Já os doentes cardíacos da Unidade de Intervenção Vascular e da consulta de Cardiologia passam a ser assistidos no Hospital de Santa Marta.
Diana Póvoas, delegada sindical da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), afirmou ao CM que será "muito difícil manter a qualidade dos cuidados de saúde" no Curry Cabral com a saída das equipas para outras unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central, designadamente o Hospital de S. José e a nova unidade de Loures.
"Como vai ser possível assegurar as urgências internas?", questiona-se a médica, acrescentando que "só com muito esforço e dedicação" é que os profissionais conseguirão manter os serviços, internamentos e consultas do Hospital Curry Cabral.
Porém, fonte do Ministério da Saúde assegura que "não haverá problemas" com a concentração de doentes e profissionais no Centro Hospitalar de Lisboa Central.
A mesma fonte explica que a Urgência do Centro Hospitalar – São José – "será reforçada com os diversos grupos sócio-profissionais do Curry Cabral, mantendo--se os actuais padrões de qualidade na prestação dos cuidados aos utentes".
Não foi possível apurar quantos profissionais vão sair para a unidade de Loures.
UNIDADES DE QUEIMADOS SEM CAMAS VAGAS
Um doente queimado de Évora foi transferido domingo para a Unidade de Queimados do Hospital de São João, no Porto, porque não havia vagas nos hospitais mais próximos: São José, em Lisboa, e Hospitais da Universidade de Coimbra. A Unidade de Queimados do São José tem oito camas ocupadas e uma em reparação. A unidade precisa de mais quatro cirurgiões. Na unidade dos HUC, três dos 13 doentes queimados estão internados na Cirurgia Plástica por falta de camas.
Fonte Correio da Manhã
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