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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Novo laboratório em Porto Alegre vai oferecer fertilização in vitro pelo SUS, a partir de janeiro

Fila de espera pelo procedimento já é de 280 pacientes


Casais que se sentem abandonados pela cegonha ganharão mais uma oportunidade de ter filhos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2 de janeiro, o Hospital Fêmina deverá inaugurar um laboratório com o método de fertilização in vitro, em Porto Alegre. Nesta semana, a fila de espera já era de 280 pacientes.

Pertencente ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o Fêmina oferecerá o segundo serviço público de fertilização in vitro no Estado — o laboratório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) atende pelo SUS desde 1991. Coordenadora da Unidade de Reprodução Humana do Fêmina, a médica Andrea Nácul diz que o laboratório terá capacidade para 10 fertilizações in vitro por mês. Também serão atendidos mais 10 de inseminação intrauterina.

Ginecologista e obstetra, com doutorado em Endocrinologia, Andrea fez estágio no laboratório mantido pela Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, cujo porte é similar ao do Fêmina. Entre 2009 e 2010, o Fêmina manteve um laboratório de inseminação intrauterina — procedimento mais simples que o in vitro —, realizando mais de cem gestações. O antigo laboratório foi fechado para reformas, para abrigar o atual.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deverá participar da inauguração oficial do laboratório do Fêmina, marcada para 16 de janeiro — duas semanas depois do início das operações. Andrea destaca que serão beneficiados os casais estéreis que não podem recorrer a clínicas particulares. Para gerar o chamado bebê de proveta, o custo da fertilização in vitro oscila entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.

O SUS ainda não cobre o procedimento da fertilização in vitro, mas o Ministério da Saúde reavalia a situação. Andrea diz que o Hospital Fêmina está se antecipando ao que se tornará realidade em breve. Já tem um perfil dos casos de infertilidade. Um dos que mais preocupa, com 23% de incidência, é o fator tubário: obstrução das trompas devido a infecções causadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 15% dos casais sofrem de infertilidade — a mulher ou o homem. Dos que estão na fila do Hospital Fêmina, a maioria é da Grande Porto Alegre, mas há casais de municípios distantes.

Entenda a fertilização in vitro:: A fecundação é realizada por embriologistas em laboratório, no mesmo dia da coleta dos óvulos e dos espermatozóides. Justamente pelo fato do encontro dos gametas ocorrer fora do corpo humano, a técnica foi chamada de "in vitro".

:: Há duas maneiras clássicas de realizar a fertilização: mediante o encontro do espermatozóide com o óvulo em ambiente laboratorial ou capturando-se o espermatozóide e injetando-o no óvulo. Após esta fase, é realizada a transferência dos pré-embriões para o útero materno, geralmente três dias após a fertilização. O uso de hormônios nesta fase auxilia o fenômeno da implantação. Doze dias após, é feito o teste de gravidez.

:: Caso a mulher não tenha alterações graves, ela pode tentar outros tratamentos antes da fertilização, com o uso de medicamentos ou hormônios para aumentar as chances de gravidez.

Como acessar:: O casal que quiser consultar no laboratório de fertilização in vitro do Hospital Fêmina deverá seguir os caminhos do SUS. A primeira etapa para o encaminhamento é o posto de saúde do bairro. Não adianta ir direto ao Fêmina.

:: As unidades de saúde de Porto Alegre estão habilitadas a marcar consultas para qualquer especialidade, incluindo casos de infertilidade do casal. Em outros municípios, deve ocorrer o mesmo.

:: Autoridades recomendam a procura pela unidade de saúde para facilitar o acolhimento, possibilitar um atendimento mais individualizado. A medida também reduz filas e contribui para terminar com a distribuição diária de fichas.

:: Para saber a lista de unidades de saúde, ligue para o fone 150 (8h30min às 22h de segunda a sexta-feira).

Fonte Zero Hora

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