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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Avanço de cirurgias a laser e lentes de contato reduz necessidade de óculos

Especialistas comentam evolução nos tratamentos para melhorar a visão
 
Encarados por alguns como inimigos da boa aparência, os óculos já foram, para muita gente, a única opção para uma visão saudável.
 
Porém, esse detalhe pode ser deixado de lado. Segundo médicos, o avanço das cirurgias a laser e das lentes de contato e intraoculares transformaram, em grande parte dos casos, o "detalhe" em opção.
 
A especialista em cirurgia a laser Renata Bettarello considera que as pessoas hoje só utilizam óculos se quiserem.
 
— São tantos tratamentos, tantas opções, que na maioria das vezes eles funcionam mesmo como um acessório. Um exemplo são os pacientes com astigmatismo moderado e elevado, que só contavam com lentes rígidas e óculos — aponta.
 
Segundo a oftalmologista, pessoas com esses problemas podem fazer uso de lentes gelatinosas, mais confortáveis, inclusive para graus altos, ou optar pela correção a laser. Para miopias ou hipermetropias muito elevadas, o paciente pode optar por lentes de contato ou operação a laser. E nos casos em que a intervenção cirúrgica não é aconselhável, há a possibilidade de realizar o implante de lentes intraoculares para a redução do grau.
 
Para o especialista em doenças refrativas Edson Silvério, a todo momento surgem novas opções de tratamento para a miopia e o astigmatismo. Contudo, a maior novidade para ele é a cirurgia para a presbiopia, a popularmente chamada vista cansada. O problema surge a partir dos 40 anos e só era corrigido com lentes e óculos.
 
Mas a presbiopia já pode ser corrigida com a cirurgia a laser. Segundo o oftalmologista Marco Antônio Kroeff, as técnicas compensam o problema.
 
— Digo compensar pois, da mesma forma que as lentes de contato, nenhuma das técnicas atuais permite restabelecer o movimento dinâmico do cristalino que possibilita a acomodação do foco para perto. Basicamente, existem três métodos: o implante das lentes intra-oculares, a modificação do formato da córnea com laser e, mais atualmente, implantes de microlentes na córnea — explica.
 
Intervenções já são personalizadas
Outro destaque, na opinião de Silvério, é a qualidade dos lasers. As cirurgias hoje são realizadas com o Allegretto Eye-Q 400Hz, raio considerado mais seguro e preciso pela FDA (órgão que regula medicamentos nos Estados Unidos).
 
— É o que há de mais moderno. Com ele, a cirurgia é realizada de forma personalizada, levando em conta que cada pessoa tem olhos com características distintas — ressalta.
 
O procedimento é realizado a partir da análise de frente de onda, uma avaliação que detecta a forma como a luz que entra no olho atinge a retina. Dessa forma, o laser trata o problema de forma individualizada.
 
Operar a catarata é rápido e indolor
Nos casos de cirurgia de catarata, o especialista João Luiz Pacini relata que mais de 60% dos pacientes que passam por ela não precisam mais usar óculos. Essa doença é caracterizada pelo turvamento progressivo do cristalino, causando problemas como a absorção da luz que chega à retina.
 
Há seis tipos de catarata: senil, congênita, inflamatória, metabólica, traumática e medicamentosa. De acordo com ele, a cirurgia é muito segura por ser de alta tecnologia. É geralmente rápida, eficiente e indolor.
 
Uma grande novidade é a recém-lançada lente multifocal tórica, voltada para os pacientes com alto astigmatismo e que ainda não tinham indicação de lente intraocular. Segundo Pacini, com a nova tecnologia, o índice de pessoas operadas e que não utilizarão mais os óculos vai aumentar.
 
Fonte Zero Hora

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