Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cientistas da UCLA classificam vício em sexo como distúrbio de saúde mental

Pesquisa realizada nos EUA sugere que análise de parâmetros específicos pode diagnosticar com precisão pessoas com a desordem
 
Estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, mostrou que o vício em sexo pode ser classificado como um distúrbio de saúde mental.
 
A pesquisa, publicada no Journal of Sexual Medicine, sugere que, através da análise de alguns parâmetros, pessoas com a chamada desordem ou distúrbio hipersexual podem ser corretamente diagnosticadas com a doença.
 
O líder da pesquisa Rory Reid e seus colegas entrevistaram 207 pacientes em clínicas de saúde mental por todos os EUA. Cerca de 150 dessas pessoas procuraram ajuda para seus problemas de dependência de sexo, e cerca de 50 estavam em busca de tratamento para depressão ou ansiedade.
 
Dos pacientes examinados, 17% tinham perdido um trabalho pelo menos uma vez, 39% terminaram um relacionamento, a maioria disse que já tinha magoado um ente querido (68% magoaram pessoas queridas várias vezes), mais da metade tinha perdido dinheiro, 28% contraíram uma infecção transmitida sexualmente, e 78% consideraram que os comportamentos associados à sua hipersexualidade interferiram na possibilidade de terem sexo saudável.
 
Para avaliar os pacientes, os pesquisadores analisaram critérios específicos, entre eles:
 
1. um padrão recorrente de fantasias sexuais, impulsos e comportamentos com duração de seis meses ou mais, que não são causados por outros fatores como o abuso de substâncias, outra condição médica ou episódios maníacos associados com transtorno bipolar;
 
2. um padrão de atividade sexual em resposta a estados de humor desagradáveis, como o sentimento de depressão, ou um padrão de usar repetidamente o sexo como uma maneira de lidar com o estresse;
 
3. falta de capacidade de reduzir ou interromper as atividades sexuais que o paciente acredita serem problemáticas;
 
4. evidência de "angústia pessoal" causada pelo comportamento, como interferência com o trabalho ou relacionamentos.
 
Os critérios usados pelos pesquisadores foram bem sucedidos em diagnosticar 88% dos pacientes viciados em sexo como hipersexuais. Por outro lado, 93% dos pacientes que procuraram ajuda para outras doenças não satisfizeram os critérios para elas.
 
Embora esses critérios pareçam bastante gerais, os pesquisadores afirmam que os profissionais de saúde mental poderiam usar esses sintomas para diagnosticar corretamente pessoas com um vício clínico em sexo, como eles fizeram no estudo.
 
As pessoas diagnosticadas com distúrbio hipersexual não eram pessoas comuns que assistiam pornografias e faziam sexo com frequência. Eram pessoas que disseram que não podiam controlar seus impulsos, que até perderam o emprego por causa da sua incapacidade de abster-se de pornografia no trabalho.
 
A importância do estudo, segundo Reid, é que ele sugere a classificação da desordem hipersexual como uma condição de saúde mental legítima. "Os critérios para o transtorno hipersexual que foram propostos e testados vão permitir que pesquisadores e clínicos estudem, tratem e desenvolvam estratégias de prevenção para os indivíduos em risco de desenvolver esse comportamento", conclui Reid.
 
A pesquisa pode impulsionar os esforços para incluir o vício em sexo no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, uma espécie de "manual de instruções" de várias condições mentais, que são catalogadas junto com seus critérios para auxiliar profissionais no diagnóstico de doenças mentais, de autismo a esquizofrenia.
 
Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário