"Os índices de animais que vão ao veterinário com frequência ou que comem ração ainda é muito baixo, mas estão subindo rapidamente no Brasil", afirma Mauri Moreira, diretor da área de animais da companhia
A melhora das condições financeiras das classes mais baixas não se reflete só na qualidade de vida das pessoas. Os bichos de estimação também se beneficiam.
“Os índices de animais que vão ao veterinário com frequência ou que comem ração ainda é muito baixo, mas estão subindo rapidamente no Brasil”, afirma Mauri Moreira, diretor da área de animais de companhia da Elanco, subsidiária de medicina animal da farmacêutica americana Eli Lilly.
É de Moreira a missão de fazer a Elanco conquistar uma boa parte deste mercado, que movimentou R$ 12,2 bilhões no Brasil em 2011.
O executivo é o encarregado por trazer ao país os produtos da divisão de animais de estimação da Elanco, já presentes na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, onde a divisão foi criada, em 2007. “Posso dizer, sem medo de errar, que o Brasil agora é a prioridade da companhia”, diz Moreira.
Segundo o executivo, mesmo sem a divisão de produtos para cães e gatos, o mercado brasileiro já é o segundo mais importante para a Elanco, atrás apenas do americano, que é responsável por mais de metade das vendas da empresa.
Em 2011, a subsidiária brasileira ultrapassou os US$ 100 milhões de faturamento, com a venda de remédios para aves, suínos e bovinos. Globalmente, o laboratório teve receitas de US$ 1,6 bilhão no período e deve passar a barreira dos US$ 2 bilhões este ano.
A atual situação do mercado brasileiro, com o mercado pet crescendo na base dos dois dígitos ao ano é a principal janela de oportunidade vista pelos executivos da Elanco para fazer a divisão de saúde animal crescer.
“Temos um mercado que cresce, mas ainda é muito pouco explorado. Então temos duas oportunidade paralelas: crescer explorando essas partes que ainda não consomem e abocanhar boa parte do consumidor atual, com investimentos em inovação”, afirma Moreira.
O primeiro produto que será trazido para o Brasil pela divisão de animais de companhia é um remédio antipulgas. O produto, que diferentemente da maioria dos concorrentes é aplicado via oral e não na pele dos bichinhos, deve chegar aos pet shops brasileiros dentro de alguns meses.
“Esse foi o primeiro produto da Elanco a ser considerado um ‘blockbuster’ e acredito que o sucesso vá se repetir no Brasil”, diz Moreira.
Nos próximos 5 anos, a companhia deve lançar um produto ao ano no Brasil. Atualmente, o portfólio global da Elanco para animais de companhia é composto por cinco produtos, mas, em seu último balanço anual de resultados, a empresa afirmou que pretende ampliar a linha no curto prazo.
Produção
A princípio, todos os produtos vendidos no Brasil serão importados da Europa e dos Estados Unidos. “Ter um fábrica por aqui não faz parte dos planos imediatos, já que temos bases de fabricação que conseguem atender o mundo inteiro no momento”, afirma o executivo.
Segundo ele, para que o país comporte uma fábrica local é necessário que o mercado continue bastante aquecido durante alguns anos. “A demanda precisa ser muito sólida.”
Com a operação brasileira consolidada, a Elanco deve iniciar o trabalho de levar a linha de produtos para cães e gatos para os outros países do continente. “O Brasil será a base para desenvolver o mercado do México para baixo”, diz Moreira.
Fonte SaudeWeb
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