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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Instrospecção não é o mesmo que ociosidade

Neste estudo da Universidade do Sudeste da Califórnia, os pesquisadores investigaram a importância da distração para o desenvolvimento humano e aprendizagem.
 
Por meio de exames de ressonância magnética funcional, Mary Helen Immordino-Yang e sua equipe puderam avaliar como a mente se comporta em momentos de davaneio, chamado também por “modo default” – uma série de processos que são ativados quando estamos distraídos ou sonhando acordado. Este processo, entretanto, é suprimido quando nossa atenção se foca no mundo exterior.
 
Diversos estudos apontam evidências de que os sistemas cerebrais ativados durante este estado de distração também são importantes para o foco interno de processamento mental, por exemplo, quando recordamos memórias pessoais, imaginamos o futuro ou sentimos emoções sociais que envolvam certas conotações morais.
 
Neste caso, os autores defendem que o modo “default” tem relação direta com a promoção de um bom funcionamento psicológico, incluindo associações com a saúde mental e habilidades cognitivas, como compreensão de leitura e pensamento divergente (crativo).
 
A hipótese dos autores é a de que a alta demanda por atenção ambiental – televisão, celular, mensagens de texto, redes sociais – faz com que os jovens abordem as questões mais subjetivas ao manter o foco em aspectos físicos, mais concretos e imediatos do ambiente a nossa volta. Para estimular esta reflexão interna mais construtiva, os autores do estudo defendem práticas educacionais que promovam equilíbrio entre a atenção interna e externa. Portanto, estar com a mente “ociosa” (ou livre para devanear) em certos casos pode ser extremamente produtivo. Os resultados foram publicados no periódico Perspectives on Psychological Science.
 
Fonte O que eu tenho

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